segunda-feira, 30 de maio de 2011

Educação infantil é tema de debate no Theatro Pedro II

Paulo Schneider

A maneira como a literatura é trabalhada na sala de aula foi o ponto central da Mesa de Debates deste domingo, realizada no Theatro Pedro II.
O carioca e deputado federal Chico Alencar foi o primeiro a falar, deixando claro que boa literatura não tem idade. O parlamentar revelou que ainda gosta de livros infantis e utiliza seus filhos como ‘desculpa’ para continuar desfrutando deste universo. "A criança é a vida pulsante. Boa literatura é sempre boa, não importa se é adulta ou infantil", afirmou Chico.
Para a educadora Cristina Silveira, a iniciação literária deve começar em casa. Que muitos pais proíbem seus filhos de folear os livros da prateleira, com receio dos estragos que os pequenos podem causar. Algo que, para ela, é um grande equívoco.
Heloísa Prietro, que além dos 44 livros publicados participou do elogiado Castelo Rá Tim Bum (TV Cultura), comentou sobre a importância das fábulas na educação infantil. "Gosto de fábula, pois ela não tem idade. Escrevo para um público que não possui faixa etária definida". Deixando claro que adultos também podem - e devem - trabalhar o imaginário, que ajuda a compreender o universo infantil.
Daniel Munduruku apresentou a visão de uma criança indígena que foi ‘jogada’ em uma escola de brancos, onde a mensagem passada era a de que ele "precisaria deixar de ser índio para ser gente comum", desabafou o educador. Para ele, o fato do país não valorizar suas origens serve como incentivo para mudar esta realidade. Hoje, Daniel é doutor em educação.

Fonte: A Cidade

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Daniel Munduruku lançará dois novos títulos durante Salão FNLIJ de Livro para Crianças e Jovens

A Editora Callis convida para o lançamento de mais dois títulos de Daniel Munduruku.
Será no dia 17 de junho durante o 13o. Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil que acontecerá entre os dias 06 e 17 no Centro de Convenções SulAmerica, no Rio de Janeiro.
Como Surgiu: Mitos Indígenas Brasileiros

Histórias que Li e Gosto de Contar

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Indígenas querem conhecimentos tradicionais e articulação política para a Rio+20


 Por Rádio ONU
Representante de comunidades nativas no Brasil alertou para os riscos de colocar preços no meio ambiente.
Indígenas no Mato Grosso
Marina Estarque, da Rádio ONU em Nova York.
O líder indígena brasileiro Marcos Terena falou em evento nas Nações Unidas, nessa terça-feira, sobre economia verde. Ele disse, em entrevista à Rádio ONU, que as comunidades nativas brasileiras vão levar conhecimentos tradicionais e articulação política para a Rio+20.
“Como vai ser no Brasil, nós queremos levar a sabedoria da nossa ancestralidade e conhecimentos tradicionais. Mas queremos levar também a capacidade política de negociação que estamos construindo em relação ao Banco Mundial, às Nações Unidas e ao Fórum Permanente da ONU”, argumentou.
Pobreza
Marcos Terena também é coordenador da participação indígena na Rio+20.
O evento da ONU, que ocorre em junho 2012, no Rio de Janeiro, vai abordar temas como desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza.
Preço
Terena está em Nova York para participar do Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas, que acontece até o dia 27 de maio. Ele foi um dos palestrantes da reunião paralela sobre economia verde.
No debate, alertou para o risco de se dar preços ao meio ambiente.
“Geralmente, o mundo moderno tem o costume de transformar a natureza, os rios, as águas, o meio ambiente e até mesmo o ar, e qualificar isso em termos de preço, de mercado”, afirmou.
Indústrias
Segundo Terena, a visão indígena de economia verde vai contra esta tendência.
O coordenador acredita ser possível usar recursos da natureza sem alterações profundas, sem a “geração de novos verdes”, como descreveu.
“Nós não podemos assassinar o futuro em nome do desenvolvimento. E as indústrias, grandes centros urbanos e governantes têm que aprender isso com os povos indígenas para que a gente possa gerar então essa possibilidade de um futuro melhor”, afirmou.
No evento, Terena falou ao lado de representantes indígenas de outras regiões e de funcionários do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma.
A ONU estima que haja 370 milhões de indígenas em 90 países do mundo.