quinta-feira, 29 de setembro de 2011

JUSTIÇA MANDA SUSPENDER OBRAS DA USINA HIDROELÉTRICA DE BELO MONTE

Os povos do Xingu amanhecerão mais aliviados, pois a justiça Federal no Pará determinou a paralisação imediata das obras de construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, por meio de uma liminar determinando a imediata paralisação da obra.


Por meio de nota, a Justiça Federal informou que trata-se de paralisação no "local onde são desenvolvidas atividades de pesca de peixes ornamentais associados da Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira(Acepoat)". A entidade é autora de ação ajuizada na 9a Vara Federal, especializada no julgamento de causas ambientais.


Na decisão, o juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins proíbe o consórcio Norte Energia S.A.(Nesa), responsável pelas obras de construção da usina, de fazer qualquer alteração no leito do Rio Xingu, como "implantação de porto, explosões, implantação de barragens, escavação de canais, alteração da fauna ictiológica."


Segundo a decisão, poderão ter continuidade as obras de implantação de canteiros e de residencias, por não interferirem na navegação e atividade pesqueira. A multa diária fixada pela Vara Ambiental, caso a liminar seja descumprida, é de R$ 200 mil. Ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 1a região, com sede em Brasília.


Na ação, a Acepoat informa ao juizo que atua na área de pesca de peixes ornamentais mediante licença de operação regularmente concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama). Alega ainda que "o inicio dos trabalhos para a construção da usina de belo monte irá inviabilizar totalmente a atividade pesqueira na região, uma vez que o acesso ao Rio Xingu estará impedido, tanto para pescadores quanto para os peixes"


Segundo a entidade, a concessão da licença de instalação do complexo de belo monte é incompativel com as licenças de operações anteriores concedidas às empresas representadas pela associação, por se tratarem de atividades diferentes no mesmo local. "A continuidade das obras da hidroelétrica, segundo a Acepoat, pode resultar até mesmo na extinção das principais espécies de peixes na região do Xingu".


Carlos Eduardo Martins tambem conclui, com base em informações que constam do projeto ambiental da hidroelétrica, que os pescadores representados pela Acepoat serão diretamente prejudicados pelo inicio das obras da construção da usina e somente poderão retomar plenamente as suas atividades no ano de 2020, prazo de finalização da implantação da ultima fase de um projeto de aqüicultura que se desenvolve na região.


"Ora, não é razoável permitir que as inumeras familias, cujo sustento depende exclusivamente da pesca de peixes ornamentais realizada no Rio Xingu, sejam afetadas diretamente pelas obras da hidroeletrica, ficando desde já impedidas de praticar sua atividade de subsistência, sem a imediata compensação dos danos. O projeto de aqüicultura que será implantado no inaceitável prazo de 10 anos, ao menos em uma análise superficial, não garantirá aos pescadores a manutenção das atividades durante tal periodo, mormente por que a licença de implantação das etapas que darão inicio à construção da usina já fora expedida pelo Ibama em Junho de 2011", afirma o juiz federal.


Leia a decisão na íntegra:



Fonte:

Justiça Federal - secção Judiciária do Pará

Portal da Justiça Federal

Ponto de pauta

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Povos Indígenas da TI Alto Turiaçú exigem educação diferenciada em encontro


Inserido por: Administrador em 28/09/2011.
Fonte da notícia: Cimi Regional Maranhão
José Mendes
Cimi Regional Maranhão
Entre os dias 23 e 25 deste mês, cerca de 60 pessoas - educadores, lideranças indígenas, caciques, cantores e especialistas da cultura dos Povos Ka’apor, Guajá e Timbira - se reuniram na aldeia Turizinho, no Maranhão (MA), para conversar, estudar, rever, refletir e debater a educação e cultura relacionada à vida e permanência no território - ameaçada por frentes madeireiras com a conivência de diferentes instâncias governamentais, além da ausência do Estado.
Foram intensas conversas e relatos sobre educação, mas sempre relacionando aos problemas que têm afetado diretamente as formas dos grupos se reproduzirem socialmente nas aldeias. O encontro contou com apoio do Cimi Maranhão e das comunidades dos Irmãos La Salle de Zé Doca e Santa Tereza.
Olhando e refletindo sobre outras formas e experiências de educação indígena (Panará e Takina) e educação escolar indígena (Guarani Mbya, Juruna e Tikuna), os indígenas puderam olhar para suas experiências, suas formas de ensinar e aprender; realizaram longas reflexões, conversas na língua materna, cantorias, relatos de histórias de afirmação cultural, entre outras formas de interação.
Realizaram longos relatos: memórias de suas formas próprias de educação com pedagogias fundamentadas no saber-fazer cotidiano e ritual. Relacionaram essas formas de socialização nas aldeias, fundamentadas na educação-cultura, com as experiências de educação escolar indígena que vão sendo impostas, incorporadas ao cotidiano, à vida do povo.
Caracterizando o quadro da educação escolar indígena nas aldeias, identificaram e refletiram sobre inúmeras dificuldades, problemas encontrados que têm ocasionado mudanças na vida do povo com a chegada da escola, de professores karaí (não indígenas), de livros da cultura karaí; de horários diferentes daqueles que orientam o trabalho e a vida nas aldeias. Dificuldades relacionadas ao aprendizado da língua e escrita do português; da inoperância da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e ausência do Estado na garantia dos direitos inerentes a educação escolar indígena específica, diferenciada e em múltiplas línguas - por se tratar de três povos no território.
Mesmo sem a educação escolar indígena ser uma demanda emergente entre esses três povos, as aldeias que já dispõem dessas atividades escolarizadas apresentaram inúmeros problemas relacionados a este aspecto. Entre eles, o acesso está restrito às séries iniciais do Ensino Fundamental de forma debilitada com nenhum reconhecimento do trabalho e formação inicial e continuada de educadores indígenas e não indígenas. Relataram inúmeras situações de falta de respeito às diferentes formas de ensinar, aprender e socializar nas aldeias que estão sendo desconsiderados por professores karaí, técnicos do Estado e municípios.
Diante das inúmeras situações apresentadas, o grupo se viu diante de alguns desafios a serem enfrentados e respondidos por região (Gurupi/Turiaçu/Maracaçumé-Paruá): “Como continuar ensinando e aprendendo do nosso jeito, de acordo com nossa cultura?”; “O que queremos aprender ou continuar aprendendo da cultura dokaraí sem esquecer e abandonar nossas formas de ensinar e aprender?”; “Como a nossa educação e a educação dos karaí podem ajudar a enfrentarmos esses problemas que ameaçam nossa vida no território?”.
As inúmeras indagações, reflexões e preocupações apresentadas, sempre na língua materna, puderam afirmar uma forma de pensar. Apresentaram anseios, perspectivas e projetos futuros na continuidade do modo de viver indígena, como Ka’apor, Guajá e Timbira, no território de acordo com sua cultura, mas considerando a relação com os karaí, com as comunidades regionais e com a sociedade envolvente.
Encaminhamentos
Os grupos destacaram os seguintes encaminhamentos: continuar desenvolvendo suas formas próprias de ensinar e aprender fundamentados na cultura de cada povo; priorizar a articulação e mobilização para a realização das festas e rituais tradicionais; desenvolver experiência de educação escolar indígena buscando a ampliação do ensino fundamental pleno para as aldeias que já dispõem dessas atividades; desenvolver projeto de educação escolar indígena na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), voltados para defesa da floresta, cuidado com a saúde e sustentabilidade no território.
Decidiram também pela formação de uma Comissão de Educação que deverá buscar orientações, articular apoio e formação para encaminhar as propostas e exigir do Estado – Seduc - o cumprimento dos direitos à educação escolar indígena, sobretudo, na garantia de estrutura, recursos materiais e financeiros para o desenvolvimento do projeto de educação escolar indígena em EJA. Buscar aliados e parceiros para o projeto foi outra preocupação.
Sobretudo, articular apoio para realizar o próximo encontro de Educação dos Povos do TI Alto Turiaçu na Aldeia Sítio Novo, entre os meses de outubro e novembro deste ano.
Por fim, o grupo conversou e elaborou estratégias em como enfrentar o descaso dos órgãos públicos com a saúde, com a defesa do território, o descaso e inoperância da Fundação Nacional do índio (Funai) com a defesa do território. Assim como garantir o controle social através do acesso a instâncias de participação para a gestão do território.
Na noite que antecedeu o retorno para as aldeias, os indígenas fizeram rodas de conversa para as articulações por região e, na sequência, com entoar de cantorias e danças Ka’apor, chamaram para o terreiro da aldeia espíritos de inúmeros animais viventes e protetores da floresta para animar, sustentar, reafirmar o jeito de viver indígena no território.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Educar é como catar piolho na cabeça da criança.

É preciso que haja esperança, abandono, perseverança.
A esperança é crença de que se está cumprindo uma missão;
O abandono é a confiança do educando na palavra;
A presença é a perseguição aos mais teimosos dos piolhos, é não permitir que um único escape, se perca.
Só se educa pelo carinho e catar piolho é o carinho que o educador faz na cabeça do educando, estimulando-o a palavra é pela magia do silêncio.
Ser educador é ser confessor dos próprios sonhos e só quem é capaz de oferecer um colo para que o educando repouse a cabeça e se abandone ao som das palavras mágicas, pode fazer o outro construir seus próprios sonhos. E pouco importa se os piolhos são apenas imaginários...

Xipat Oboré
Daniel Munduruku





sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Amapá inaugura escola indígena com currículo waiãpi


Escola receberá cerca de 100 alunos de cinco aldeias próximas com professores da própria etnia

IG São Paulo

Foto: Jorge Júnior/GEAAmpliar
Escola Aramirã atenderá cerca de 100 índios de cinco aldeias
Nesta sexta-feira o Amapá inaugura a 56ª escola estadual indígena que atenderá cinco aldeias no município de Pedra Branca, no oeste do Estado. A unidade denominada Aramirã terá aulas na língua materna dos índios.
"Os professores são da própria aldeia, e os alunos assistem às aulas em sua língua materna, em uma metodologia denominada proposta curricular educacional Waiãpi”, afirma o coordenador de Educação Específica, Jean Paulo Gomes.
A escola do Aramirã vai receber cerca 100 alunos, provenientes e custou R$ 160 mil provenientes Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O prédio conta com três salas de aula, refeitório, cozinha, secretaria, diretoria, sala de professores, dois banheiros para alunos, alojamentos, cozinha interna e área de serviços. Atualmente, o Amapá tem cerca de 3,5 mil alunos indígenas.







terça-feira, 13 de setembro de 2011

Site Domínio Público disponibiliza obras clássicas para download


Livros Diversos Grátis


  1. A Divina Comédia - Dante Alighieri
  2. Poemas de Fernando Pessoa - Fernando Pessoa
  3. Mensagem - Fernando Pessoa
  4. Dom Casmurro - Machado de Assis
  5. O Eu profundo e os outros Eus. - Fernando Pessoa
  6. Poesias Inéditas - Fernando Pessoa
  7. A Cartomante - Machado de Assis
  8. Cancioneiro - Fernando Pessoa
  9. Dom Casmurro - Machado de Assis
  10. Do Livro do Desassossego - Fernando Pessoa
  11. A Carteira - Machado de Assis
  12. O pastor amoroso - Fernando Pessoa
  13. A Igreja do Diabo - Machado de Assis
  14. Livro do Desassossego - Fernando Pessoa
  15. Os Lusíadas - Luís Vaz de Camões
  16. A Carta - Pero Vaz de Caminha
  17. O Guardador de Rebanhos - Fernando Pessoa
  18. Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
  19. Cancioneiro - Fernando Pessoa
  20. A Metamorfose - Franz Kafka
  21. Este mundo da injustiça globalizada - José Saramago
  22. A Cartomante - Machado de Assis
  23. Poemas Traduzidos - Fernando Pessoa
  24. Americanas - Machado de Assis
  25. A Carteira - Machado de Assis
  26. A Cidade e as Serras - José Maria Eça de Queirós
  27. A Mão e a Luva - Machado de Assis
  28. A Volta ao Mundo em 80 Dias - Júlio Verne
  29. O Alienista - Machado de Assis
  30. A Esfinge sem Segredo - Oscar Wilde
  31. Poemas Inconjuntos - Fernando Pessoa
  32. Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
  33. Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa
  34. O Banqueiro Anarquista - Fernando Pessoa
  35. Arte Poética - Aristóteles
  36. A Causa Secreta - Machado de Assis
  37. A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo
  38. Iracema - José de Alencar
  39. Édipo-Rei - Sófocles
  40. Os Sertões - Euclides da Cunha
  41. O Cortiço - Aluísio Azevedo
  42. Senhora - José de Alencar
  43. A Ela - Machado de Assis
  44. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público - Fundação Biblioteca Nacional
  45. Poemas em Inglês - Fernando Pessoa
  46. Poemas Selecionados - Florbela Espanca
  47. Os Maias - José Maria Eça de Queirós
  48. Dom Casmurro - Machado de Assis
  49. Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa
  50. Fausto - Johann Wolfgang von Goethe
  51. A Alma Encantadora das Ruas - João do Rio
  52. A Igreja do Diabo - Machado de Assis
  53. Utopia - Thomas Morus
  54. Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
  55. Adão e Eva - Machado de Assis
  56. Poemas de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa
  57. Canção do Exílio - Antônio Gonçalves Dias
  58. O Guarani - José de Alencar
  59. A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães
  60. Pai Contra Mãe - Machado de Assis
  61. Iracema - José de Alencar
  62. A Dama das Camélias - Alexandre Dumas
  63. Poemas de Ricardo Reis - Fernando Pessoa
  64. Don Quixote. Vol. 1 - Miguel de Cervantes Saavedra
  65. Eu - Augusto dos Anjos
  66. O Primo Basílio - José Maria Eça de Queirós
  67. Sonetos - Luís Vaz de Camões
  68. A Pianista - Machado de Assis
  69. O Espelho - Machado de Assis
  70. Eu e Outras Poesias - Augusto dos Anjos
  71. Alma inquieta - Olavo Bilac
  72. Quincas Borba - Machado de Assis
  73. Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
  74. O Crime do Padre Amaro - José Maria Eça de Queirós
  75. Primeiro Fausto - Fernando Pessoa
  76. A Chinela Turca - Machado de Assis
  77. Poemas de Ricardo Reis - Fernando Pessoa
  78. Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
  79. Os Lusíadas - Luís Vaz de Camões
  80. Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
  81. O que é o Casamento? - José de Alencar
  82. A Mulher de Preto - Machado de Assis
  83. A Vida Eterna - Machado de Assis
  84. Esaú e Jacó - Machado de Assis
  85. Os Maias - José Maria Eça de Queirós
  86. O Navio Negreiro - Antônio Frederico de Castro Alves
  87. Contos Fluminenses - Machado de Assis
  88. A Segunda Vida - Machado de Assis
  89. Cartas D’Amor - José Maria Eça de Queirós
  90. A Mensageira das Violetas - Florbela Espanca
  91. A Herança - Machado de Assis
  92. Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
  93. Os Sertões - Euclides da Cunha
  94. Helena - Machado de Assis
  95. As Vítimas-Algozes - Joaquim Manuel de Macedo
  96. O Cortiço - Aluísio Azevedo
  97. As Primaveras - Casimiro de Abreu
  98. O Livro da Lei - Aleister Crowley
  99. A chave - Machado de Assis
  100. Adão e Eva - Machado de Assis?