terça-feira, 31 de julho de 2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Indígenas e Internet: divulgação, propagação da cultura e denuncias(Etno-jornalismo)


terça-feira, 24 de julho de 2012

V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE CURITIBA

Prezados/as,

Segue a programação do evento que irei participar em Curitiba nesta terça-feira, dia 24.
Divulguem entre os contatos.
Abraços
Daniel Munduruku


PROGRAMAÇÃO:


Local: Museu Oscar Niemayer

Data: 23, 24 e 25/07






sexta-feira, 20 de julho de 2012

Entidades debatem Convenção 169 da OIT


Data: 16/07/2012

Entidades da sociedade civil, vinculadas às questões indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, reúnem-se no início de agosto para debater a regulamentação do mecanismo de consulta prévia da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) deverá participar, com representantes de sua Comissão de Presidentes de Conseas Estaduais e de suas Comissões Permanentes.

A Convenção 169 da OIT sobre os povos indígenas e tribais foi ratificada pelo Brasil em 2002 e entrou em vigor em julho de 2003. Os países signatários da convenção se comprometem a consultar os povos interessados quando forem previstas medidas legislativas ou administrativas que os afetem diretamente, garantindo a efetiva participação dos povos indígenas e tribais na tomada de decisões.

A reunião informativa em Salvador (BA) ocorre nos dias 31 deste mês e 1º de agosto. Em Manaus, será nos dias 4 e 5 de agosto. Já em São Gabriel da Cachoeira (AM), o evento se realiza em 7 e 8 do mesmo mês. Ao término desta etapa, espera-se que o público envolvido entenda o que é a Convenção 169 e o direito de consulta prévia.

De janeiro a julho de 2013 será realizada a rodada de reuniões macrorregionais, buscando construir consensos para a regulamentação da consulta. Em setembro de 2013 deverá ocorrer, em Brasília, um seminário nacional para apresentação e concertação de todo o trabalho, principalmente da proposta de regulamentação do mecanismo de consulta prévia.

Fonte: Ascom/Consea

terça-feira, 17 de julho de 2012


A origem do beija-flor


FICHA TÉCNICA
Título: A origem do beija-flor: Guanãby Mur-gáwa
Autor: Yaguarê Yamã
Ilustradora: Taisa Borges
Formato: 25x23cm
Nº de páginas: 36
ISBN: 978-85-7596-246-6
Preço: R$ 28,00
A Editora Peirópolis lança, no dia 6 de julho, às 16h, no espaço da Livraria da Vila na Flipinha, durante a Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP), a obra A origem do beija-flor: Guanãby Mur-Gáwa, do escritor e filho do povo indígena Maraguá, Yaguarê Yamã, com ilustrações de Taisa Borges. O livro, em edição bilíngüe português e maraguá integra a coleção Peirópolis Mundo, primeira linha brasileira de livros infantojuvenis dedicada ao resgate de línguas ameaçadas de extinção. Aqui, o líder indígena conta a versão dos Maraguá para o surgimento desse misterioso ser.
A fábula conta a história de Guanãby e Potyra, mãe e filha, que sucumbiram diante da dor da perda de um ente querido, mas cujas vidas levaram ao surgimento do beija-flor, fruto do amor e carinho de ambas. A fábula fala sobre a importância do amor, do carinho e da saudade. Fala sobre como devemos dar valor às coisas simples e únicas da vida, diz Yaguarê.
Atualmente, os Maraguá se distribuem em quatro aldeias, todas nas margens do rio Abacaxis, e sua população na área não ultrapassa 200 pessoas. Segundo o autor, hoje há apenas pouco mais de 10 pessoas falantes da língua Maraguá. Esse idioma é um dos mais lindos do Brasil. Poder falar em Maraguá é poder homenagear meu pai, com quem o aprendi. Tenho uma grande preocupação em divulgá-lo, pois ele é a alma do meu povo. Se o deixarmos, também morreremos, explica o líder indígena.
A história também pode ser ouvida em Maraguá no link www.editorapeiropolis.com.br/peiropolismundo. Além do livro A origem do beija-flor: Guanãby Mur-Gáwa, a editora é responsável também pela publicação da obra Grande assim: uTshepo Mde, de autoria de Mhlobo Jadezweni, em IsiXhosa primeiro lançamento da coleção Peirópolis Mundo sobre uma das inúmeras línguas africanas ameaçadas de extinção.
SERVIÇO:
Lançamento Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP) – A origem do beija-flor: Guanãby Mur-Gáwa Sessão de autógrafos com o autor. Yaguarê Yamã.
Quando: 06 de julho
Onde: Livraria da Vila na Flipinha
Horário: às 16h
Sobre o autor:
Yaguarê Yamã é nascido no Amazonas e é filho do povo indígena Maraguá. É escritor e professor de Geografia formado pela Universidade de Santo Amaro. Morou por vários anos em São Paulo, onde apresentou diversas palestras e lecionou na rede pública aonde iniciou suas atividades como escritor, na companhia de seus amigos Daniel Munduruku e Renê Kinthaulu.
De volta ao Amazonas, decidiu se engajar como ativista indígena na luta pela demarcação das terras de seu povo e por sua organização política. Atualmente, com 36 anos, e como todo indígena seminômade, depois de passar por cidades e aldeias, mora em Parintins, à margem direita do rio Amazonas. Continua a lecionar Geografia e Artes na rede estadual de ensino, mas sem tirar o pé dos eventos e das atividades com seus livros no Sul e Sudeste do país.
Além de escritor, professor, geógrafo e liderança indígena, é ilustrador e artista plástico, especialista em grafismos indígenas. Em seu tempo livre, pinta telas de motivo tradicional, valorizando os símbolos chaves da mitologia dos povos amazônicos.
Sobre a ilustradora:
Desde criança, Taisa Borges gosta de contar histórias. A menina faladeira foi percebendo que as palavras não eram suficientes para se expressar. Quando pintou seu primeiro quadro, se deu conta de que uma imagem esconde inúmeras palavras. Desde então, Taisa fala pouco e conta muitas histórias. Depois de graduar-se em Artes Plásticas, estudou artes e desenho de moda em Paris. De volta a São Paulo, desenvolveu estampas e trabalhou com design gráfico. Hoje, a artista plástica dedica-se à ilustração infantil. É autora dos quatro livros que integram a coleção Livro de imagem, da Editora Peirópolis.
Sobre a Editora Peirópolis
Criada em 1994, a Editora Peirópolis tem como missão contribuir para a construção de um mundo mais solidário, justo e harmônico, publicando literatura que ofereça novas perspectivas para a compreensão do ser humano e do seu papel no planeta. Suas linhas editoriais oferecem formas renovadas de trabalhar temas como ética, cidadania, pluralidade cultural, desenvolvimento social, ecologia e meio ambiente por meio de uma visão transdisciplinar e integrada. Além disso, é pioneira em coleções dedicadas à literatura indígena, à mitologia africana e ao folclorebrasileiro. A editora está afinada com os propósitos do terceiro setor, participando ativamente do crescente movimento de sua profissionalização. Para saber mais sobre a Peirópolis, acesse www.editorapeiropolis.com.br
Lançamento: A origem do beija-flor com sessão de autógrafos e presença do autor Yaguarê Yamã.
Quando: 06 de julho
Onde: Espaço da Livraria da Vila na Flipinha – Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP)
Horário: às 16h
Endereço: Praça da Matriz, s/nº – Paraty Rio de Janeiro.
Site: http://www.flipinha.org.br/
Informações para a imprensa Editora Peirópolis:
COMMUNICA BRASIL
PABX: (11) 3868-0300
Andrea Funk andrea@communicabrasil.com.br
Samantha Oliveira samantha@communicabrasil.com.br
Kelle Momesso kelle@communicabrasil.com.br
www.communicabrasil.com.br

Fonte: Portal Comunique-se!

sábado, 7 de julho de 2012

Diálogo entre Estado e os Munduruku restabelece a paz em Jacareacanga


Diálogo entre Estado e os Munduruku restabelece a paz em Jacareacanga

Rodolfo Oliveira/Ag. Pará
O secretário Luiz Fernandes Rocha negociou com as lideranças da etnia Munduruku a volta da ordem e da tranquilidade à cidade de Jacareacanga

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 07/07/2012 às 14:56

    A sede do município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, já voltou à normalidade. Na manhã deste sábado (7), a equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado Raimundo Benassuly, retomou as investigações, em um posto provisório da Polícia Civil, sobre vários crimes ocorridos no município, principalmente sobre o assassinato do índio Lelo Akay Munduruku, fato que desencadeou a revolta dos Munduruku na semana passada.
    A tranquilidade foi restabelecida após a reunião, realizada na sexta-feira (06), entre o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, outras autoridades do Executivo e Judiciário, e lideranças indígenas.
    O posto da Polícia Civil está funcionando na creche Irene Brelaz, no centro da cidade, com seis policiais civis.
    Logo cedo, um parente do indígena assassinado procurou o posto policial e acrescentou novas informações ao inquérito. De acordo com o delegado Raimundo Benassuly, “o parente da vítima, que veio fazer o primeiro depoimento do dia, nos acrescentou informações que não estavam nos autos. A partir dela, pelo menos 13 pessoas serão intimadas a prestar novos esclarecimentos. Primeiro teremos que encontrar essas pessoas. No entanto, o mais importante é a celeridade do processo”.
    Integração - O direcionamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) é que o trabalho policial seja integrado. Para isso, estão na cidade de Jacareacanga 30 policiais militares e seis civis.
    Os militares têm a missão de criar um novo modelo de policiamento, que inclua a participação efetiva da comunidade. Eles foram orientados a conhecer melhor a cidade e suas características, a realizar palestras visando sensibilizar a população para a importância do combate ao narcotráfico e à criminalidade em geral. A elaboração de um plano de segurança para o município também faz parte das novas atribuições da PM em Jacareacanga.
    Rainere da Silva Quintino, coordenador técnico local da Fundação Nacional do Índio (Funai), reconheceu que a presença de um representante do Sistema de Segurança Pública do Estado em Jacareacanga garantiu o sucesso nas negociações com as lideranças indígenas. “A vinda do secretário a Jacareacanga foi válida para o povo, porque todos estavam ansiosos esperando este momento. Como o secretário falou, a partir deste momento Jacareacanga viverá melhor e em paz”, afirmou Rainere Quintino.
    “Nenhum crime deve ficar impune, por isso vamos apurar minuciosamente a morte de Lelo Munduruku e responsabilizar os culpados por este assassinato. Podem ficar tranquilos, porque vamos dar agilidade a este processo”, garantiu o secretário Luiz Fernandes Rocha na reunião.
    Audiência - O secretário também assegurou que o governador Simão Jatene vai receber uma comitiva da etnia Munduruku, em Belém. A data da reunião será anunciada no próximo encontro com os índios, que deverá ocorrer nos próximos 15 dias, na sede municipal. Eles pediram a participação na audiência com o governador de deputados estaduais, juízes, promotores e o procurador da República, Felício Pontes.
    “Hoje, estamos trabalhando com foco na prevenção social da violência e da criminalidade. A repressão rigorosa ao tráfico de drogas e a redução da impunidade são prioridades da área de Segurança Pública. Em razão dessa diretriz de gestão, o nosso propósito é trazer também a coordenação do Programa Pro Paz na próxima reunião, aqui em Jacareacanga, para discutir políticas públicas e a inclusão de jovens e crianças nos programas sociais do governo”, destacou o titular da Segup.
    Motivo da revolta - Lelo Akay Munduruku, 34 anos, foi assassinado no último dia 22 de junho, a facadas e pauladas. Segundo já foi apurado, o indío portava uma quantidade de pepitas de ouro, retiradas de um garimpo próximo à cidade.
    No dia seguinte (23), quatro pessoas foram presas, acusadas de envolvimento no crime. Mas por falta de provas, dois presos foram liberados. Os indígenas, revoltados, incendiaram o Destacamento da Polícia Militar.
    Para gerenciar a crise e buscar o restabelecimento da ordem pública no município, a Segup enviou um grupo de oficiais do Comando da Polícia Militar para Itaituba, município vizinho a Jacareacanga, onde foi formado um gabinete de gerenciamento de crise, com representantes das esferas municipal, estadual e federal.
    Por meio do gabinete de gerenciamento de crises, o secretário Luiz Fernandes Rocha manteve um canal direto de comunicação com as lideranças indígenas, e tomou conhecimento das principais reivindicações dos Munduruku, antes de seguir para Jacareacanga. Durante a reunião, ele anunciou a construção de uma Unidade Integrada Pro Paz, que garantirá segurança, educação e cidadania à população.
    Na reunião, o secretário esteve acompanhado pelo prefeito de Jacareacanga, Raulien Oliveira de Queiroz (PT); pela promotora de Justiça de Jacareacanga, Maria Raimunda Tavares; pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes; pelo subcomandante geral da Polícia Militar, coronel Walci Luiz Travassos de Queiroz; pelo delegado geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino, e pelo superintendente de Polícia Metropolitana da Polícia Civil, delegado Raimundo Benassuly.
    Mais fiscalização - A pauta de reinvindicações dos indígenas inclui também a realização de operações policiais de combate intensivo ao tráfico de drogas na região; a instalação de um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na saída de cidade, às margens da rodovia Transamazônica (BR-230); a instalação de barreiras integradas da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e Polícia Militar, a fim de reforçar a fiscalização em veículos e coibir o tráfico de entorpecentes na Região do Tapajós.
    “Queremos o nosso município livre das drogas e dos traficantes, por isso pedimos que o governo atenda aos nossos pleitos, o mais breve possível, para que a população de Jacareacanga e os povos indígenas possam viver em paz”, frisou o índio Valdenir Borum. Outras lideranças da etnia Munduruku - o cacique Luciano Saw e os índios Lamberto Painhu, Maria Leuza Kabá e Aldo Cardoso Karu - reforçaram o documento, denominado “Carta aberta de reivindicações do povo Munduruku”.
    “A pauta de reivindicações é justa e possível de ser viabilizada”, ressaltou o secretário Luiz Fernandes Rocha.
    Jacareacanga tem cerca de 41 mil habitantes, e quase 2,3 milhões de hectares de áreas distribuídas entre três reservas indígenas. A população da etnia Munduruku chega a 12 mil índios. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Segup).

    quinta-feira, 5 de julho de 2012

    Os Povos Indígenas e o direito a consulta prévia, livre e informada

    Lideranças indígenas do Estado de São Paulo participaram da oficina "Os Povos Indígenas e o direito a consulta prévia, livre e informada", na Aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros (SP). A consulta prévia é um benefício assegurado pela Convenção 169 da OIT.

    http://www.tvt.org.br/watch.php?id=10018&category=198