quinta-feira, 20 de março de 2014

MEC lança edital para selecionar obras sobre temática indígena

Fonte: Agência Brasil

O Ministério da Educação lançou nesta segunda-feira editalpara seleção e aquisição de obras de literatura sobre a temática indígena para estudantes e professores da educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental e magistério. As obras serão destinadas às escolas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.
O edital, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, convoca editores para o processo de inscrição e seleção de obras literárias sobre a temática indígena que, divulguem e valorizem a diversidade sociocultural dos povos indígenas brasileiros, além da contribuição deles no processo histórico de formação da sociedade.
Serão aceitas para participar do processo de aquisição obras de literatura de autores indígenas e não indígenas que estimulem a ruptura de estereótipos sobre as histórias, culturas e identidades, em uma abordagem positiva de pluralidade cultural indígena e da afirmação de direitos culturais diferenciados dos povos indígenas.
O cadastramento de editores e pré-inscrição das obras pode ser feito até as 18h do dia 19 de abril. A inscrição/entrega das obras e da documentação vai de 6 a 8 de maio das 8h30 às 16h30. A íntegra do edital está na página do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As obras são para o Programa Nacional Biblioteca da Escola-PNBE Indígena 2015.
COTAS, UMA NOVA DISCUSSÃOINDÍGENAS NA UNIVERSIDADE
Cotas, uma nova discussãoIndígenas na universidade

quarta-feira, 19 de março de 2014

Evento discute política de educação superior para indígenas

Objetivo é apresentar proposta que contemple demandas por formação em nível superior e processos de conhecimento próprios dos diferentes povos

por Portal Brasil
O primeiro encontro do grupo de trabalho criado peloMinistério da Educação para discutir a política de educação superior destinada aos indígenas ocorreu nesta segunda-feira (17), em Brasília, com pesquisadores, indígenas e representantes do MEC.
O objetivo é apresentar uma proposta de política que contemple as demandas dos indígenas por formação em nível superior e os processos de conhecimento próprios dos diferentes povos. O modelo a ser desenhado pode ser o de uma universidade intercultural, institutos que se articulem em rede nacional, entre outros.
Macaé Evaristo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, que coordena o grupo de trabalho, afirmou que um dos desafios é a área da pesquisa, independente da instituição onde ela será desenvolvida. “Na pesquisa é preciso pensar numa articulação entre o conhecimento tradicional indígena e o conhecimento acadêmico”, disse.
Para a representante indígena de Paresi (MT), Francisca Novantino Pinto de Ângelo, a iniciativa de pensar políticas e propostas referentes ao ensino superior para os índios é muito importante e é uma demanda antiga do movimento indígena.
Já a professora e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), América César, destacou a reivindicação do movimento indígena por um sistema próprio de educação no qual os índios possam ser os atores também da gestão escolar. “O modelo da política será ainda discutido, mas precisamos valorizar as formas de pensar e educar dos indígenas”, afirmou a professora, ao defender um lugar para os saberes e necessidades dos índios.

segunda-feira, 17 de março de 2014

CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA - HISTÓRIA DOS ÍNDIOS NO BRASIL


Indígenas Arara-Karo têm primeiro contato com leitura no Brasil Alfabetizado

Correio Popular - 07/03/14
Via Blog do Galeno
leitura indigenas
A maioria dos 30 indígenas da etnia Arara-Karo pôde ter o primeiro contato com o mundo da leitura e escrita durante as aulas do Programa Brasil Alfabetizado, inserido em 2013 pela Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc) na Terra Indígena Igarapé Lourdes, em Ji-Paraná. Mesmo com uma caminhada diária de seis quilômetros até a aldeia central I’Tarap e os problemas de visão e de introdução da língua portuguesa, os índios não deixavam de frequentar as aulas e mantinham a animação e força de vontade para seguir com os estudos.

Com incentivo dos professores Alexandre Meneguelli e Débora Fumagali, os indígenas, de 25 a 75 anos, começaram a ser cadastrados no programa e logo nas primeiras aulas já demonstravam interesse em prosseguir com os estudos. Durante o período do curso, Meneguelli diz que a frequência dos alunos era 100%. “Eles faltavam somente em caso de saúde pessoal ou de familiares e, mesmo assim, a preocupação em avisar os professores era imensa”, lembra. 
Após oito meses de aprendizado, grande parte dos alunos conseguiu adquirir a habilidade de escrita e leitura, mesmo com alguns apresentando um maior grau de dificuldade por conta da introdução da linguagem e problemas visuais. Seis dos 30 estudantes conseguiram elevar seus conhecimentos e atualmente estão matriculados no ensino regular na Escola I’Tarap. “Nós queremos continuar com as aulas no próximo ano. Não queremos parar mais de estudar”, afirma o cacique Firmino Arara.

EXPERIÊNCIA - Para os professores, as aulas com os indígenas era uma troca de conhecimentos, o que as tornavam gratificantes. “O mais importante de tudo era a emoção do aluno quando ia aprendendo e conhecendo a escrita e leitura de diversas palavras, principalmente na língua nativa. Ao mesmo tempo ensinamos e aprendíamos com a garra dessas pessoas”, conta Alexandre. Novas matrículas de mais alunos indígenas já foram realizadas para o ano letivo de 2014 dentro do Brasil Alfabetizado, que é coordenado pela Seduc. As aulas estão previstas para começar até o fim deste mês.

Inscrições para a ACIEPE de História e Cultura Indígena

Abertas as inscrições para a ACIEPE de História e Cultura Indígena oferecida neste primeiro semestre de 2014 pela equipe do Observatório da Educação Escolar Indígena da UFSCar.
O primeiro encontro será no dia 20/03 (quinta-feira) às 18:30h no auditório do DCSo (Departamento de Ciências Sociais). Neste dia será combinado o melhor horário para seguir com os próximos encontros.
Interessados mandar e-mail para oeei.ufscar@gmail.com para mais informações e inscrição.

segunda-feira, 3 de março de 2014

PA – Prefeitura de Jacareacanga demite 70 professores Muduruku das escolas indígenas do Alto Tapajós

Por , 02/03/2014 11:24
Munduruku e outros povos assistem revoltados à instalação da comissão da PEC 215. Foto: internet
Munduruku e outros povos assistem revoltados à instalação da comissão da PEC 215. Foto: internet
Por Bebel Gobbi
A Prefeitura de Jacareacanga, Pará, demitiu 70 professores Munduruku que atuam nas escolas indígenas do Alto Tapajós, usando para isso uma lei municipal que contraria todos os princípios e diretrizes da Educação Escolar Indígena Diferenciada, de regulamentação federal.
Exigir que os professores indígenas tenham formação em nível superior é um contrassenso e desrespeita a legislação nacional que rege a Educação Escolar Indígena. As demissões, portanto, são completamente arbitrárias.
NÃO À COLONIZAÇÃO DAS ESCOLAS MUNDURUKU!
PELO RESPEITO À EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DIFERENCIADA!
Abaixo, a lista d@s professor@s demitid@s, com a alegegação de não terem a “formação mínima exigida” pela Prefeitura de Jacareacanga:
Professores Munduruku demitidos 1Professores Munduruku demitidos 2

Comissão aprova projeto que dificulta fechamento de escolas rurais, indígenas e quilombolas

Da Rádio Senado e Marilia Coêlho



A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (25) projeto que dificulta o fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 98/2013exige que o fechamento dessas escolas seja precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino. A matéria segue agora para apreciação do Plenário.
De autoria da Presidência da República, o projeto dispõe que o órgão normativo do respectivo sistema de ensino deve considerar a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar.
Ao expor os motivos dessa proposta, o então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apontou que nos últimos cinco anos foram fechadas mais de 13 mil escolas do campo, resultando em muitos casos em transtorno para a população rural que deixa de ser atendida ou passa a demandar serviços de transporte escolar.
Funcionam como órgãos normativos na área educacional, por exemplo, os Conselhos Municipais de Educação, com representantes não só dos gestores, mas de toda comunidade escolar.
- Pais e alunos não podem ficar desprotegidos dos humores de gestores públicos que podem simplesmente optar pela descontinuidade da oferta do ensino – disse a relatora da proposta, senadora Ana Rita (PT-ES).
Depois de Ana ler o seu relatório, a senadora Ana Amélia (PP-RS) questionou se o governo federal daria alguma ajuda ao município no caso da manutenção de escolas com poucos alunos e dificuldades econômicas. Mas Ana Rita esclareceu que a proposta não impede o fechamento das escolas e que o parecer para o fechamento da escola caberá ao órgão normativo responsável pela instituição, que pode ser municipal, no caso do ensino fundamental, ou estadual, no caso do ensino médio.
Após a votação da matéria, também foi aprovado o requerimento de urgência feito pela relatora para que o texto seja apreciado o quanto antes pelo Plenário. Se for aprovada pelo Plenário sem emendas, a proposta seguirá para sanção presidencial.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)