quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Voz Indígena - por Evandro Vieira Ouriques


O II Cumbre Continental de los Pueblos Indígenas de las Américas, em Quito, e a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-SBPC, Brasil, pela primeira vez com a participação oficial de povos indígenas, nos estimula a entender - mais do que nunca- que vivemos um momento decisivo para a questão indígena em todo o mundo.

Com o aprofundamento brutal da crise gerada pelo materialismo, e a consequente re-valorização dos sistemas de entendimento e de ação concreta fundados no amor e no brincar 2, no diálogo e na cooperação, a situação sócio-histórica  indígena e a contribuição de sua cultura para a Humanidade passam a ocupar um lugar determinante.

Determinante porque escutar a voz indígena -que clama em todo o mundo por respeito, de maneira dramática- é escutar a voz indígena que está dentro de cada um de nós mesmos. Esta voz que nos fala do fundo de nossa consciência. Do fundo de nossa mente e de nosso coração, a respeito de nossa origem. Que nos identifica como uma só família -irmãos e irmãs. Partes da Totalidade.

Hoje esta consciência está quase esquecida, pois é uma outra lógica de "irmandade", a Big Brother, que articula os interesses, as pessoas, as nações e a globalização neo-liberal. Todos (des)afinados na unidimensionalidade do desespero e da ignorância do individualismo competitivo e destrutivo. Motivados pela vã esperança e pela ardilosa ilusão do poder.
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sábado, 10 de novembro de 2012


Livro especialmente preparado para professores e estudantes do ensino médio. Em breve estará disponível nas grandes livrarias.



DM


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Calendário Indígena


Os povos indígenas também têm uma maneira própria de marcar a passagem do tempo. Para alguns desses povos, a passagem do tempo está relacionada à agricultura e aos fenômenos naturais, como a chuva e o frio. Observe um calendário criado por alguns professores indígenas. Ele mostra como os povos que vivem no Parque Indígena do Xingu associam a passagem do tempo aos fenômenos naturais e às atividades agrícolas por eles desenvolvidas.

Foto e Fonte: Geografia Indígena, Parque Indígena do Xingu. São Paulo: Instituto Sócio Ambiental
Divulgação: Save the Amazonas

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fundação Telefônica abre um espaço de diálogo que pretende dar resposta a esta pergunta: Como deve ser a educação do século XXI?


Serão 18 meses de debate e de intercâmbio, de atividades e oficinas em rede. Além do diálogo online, cada dois meses, o Encontro chegará a uma cidade distinta. Durante dois anos, visitará ate nove cidades nas que se celebrarão eventos presenciais que contarão com grandes especialistas do mundo educativo. Se abordarão nove temas que alimentarão o debate sobre o presente e o futuro da educação. Confira o infografía do Encontro.




Nove Temas de debate para dar resposta ao Grande interrogante deste Encontro Internacional de Educação
A cada dois meses se dará resposta a um tema onde se abordarão várias temáticas com atividades e grandes expertos dentro do mundo da educação
Cada tema contém 4 tipos de atividades diferentes: Debates (comunicações com debates ao vivo), Compartilhar (estudos e pesquisas), Experimentar (atividades práticas com oficinas ao vivo) e Fórum Comunidade educativa (debates de interesse para as famílias, estudantes, especialistas...). A seguir se mostram cada um dos temas:

Arquivo: VI Encontro Internacional EducaRed (EIE2011)
Você pode consultar a atividade que se realizou durante os meses de setembro, outubro e novembro de 20111 no Encontro con o lema: Atitude 2.0: Aprender é compartilhar

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ESTANTE VIVA - Encontros Literários com Daniel Munduruku







Projeto literário do SESC Belenzinho traz bate-papo com Daniel Munduruku

por Esteta Beleza e Arte em Poesia e Literatura 









No dia 20 de setembro, quinta-feira, o projeto Estante Viva do SESC Belenzinho recebe o escritor e professor Daniel Munduruku, autor de mais de 30 livros sobre a cultura dos povos nativos. No encontro – que acontece na Biblioteca, às 20 horas, com entrada gratuita – o autor vai conversar com o público sobre os livros e as leituras que foram marcantes em sua formação.



Munduruku selecionou 30 publicações da Biblioteca do SESC Belenzinho que serão os focos do bate-papo. O escritor vai justificar a escolha das obras literárias e revelar a importância de cada uma delas em sua vida pessoal e trajetória profissional.



Durante um mês, os livros escolhidos pelo autor ficam expostos em uma estante especial. Entre os títulos, selecionados por Munduruku destaque para: O Pequeno Príncipe (Saint-Exupery), Fernão Capelo Gaivota (Richard Bach), Alice no País das Maravilhas (Lewis Carrol), Longe é Um Lugar Que Não Existe (Richard Bach), O Mundo de Sofia (Jostein Gaarder), As Brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley), Tao Te Ching – O Livro Que Revela Deus (Lao–Tse), Memórias Inventadas (Manoel de Barros), Minha Guerra Alheia (Marina Colasanti), Os Amores Difíceis (Ítalo Calvino), Rasif - Mar Que Arrebenta (Marcelino Freire) e Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra (Mia Couto).



O escritor Daniel Munduruku pertence ao povo Munduruku do Pará. É graduado em Filosofia e Doutor em Educação pela USP. Também é autor de mais de 30 livros voltados para o público infantil e juvenil e para educadores. É Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República e Diretor-Presidente do Instituto Uka – Casa dos Saberes Ancestrais. Recebeu diversos prêmios literários, entre eles Prêmio Jabuti e Prêmio Unesco para Literatura em Prol da Tolerância Entre os Jovens.



Alguns livros publicados: Como Surgiu - Mitos Indígenas Brasileiros (2011), Karu Taru - O Pequeno Pajé (2009), O Karaíba - Uma História do Pré-Brasil (2009), Kabá Darebu (2002) e O Homem que Roubava Horas (2007).



Bate-papo: Estante Viva



Com: Daniel Munduruku

Dia 20 de setembro – quinta-feira – às 20 horas

SESC Belenzinho - www.sescsp.org.br/belenzinho

Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho/SP - Tel: (11) 2076-9700

Biblioteca - Grátis - Duração: 60 min – Classificação etária: Livre

Estacionamento: R$ 6,00 (1ª hora) + R$ 1,00 (p/ hora) - não matriculado no SESC; R$ 3,00 (1ª hora) + R$ 1,00 (p/hora) – matriculado no SESC.



Estante Viva



Estante Viva é um projeto sobre livros, leitores e leituras. Como a imagem criada pelo escritor argentino Jorge Luís Borges, esse tema assemelha-se a um jardim de caminhos que se bifurcam, onde um livro leva até outros livros, a leitura desperta novas leituras do mundo, onde há sempre um novo começo, uma outra história, um lugar a ser desvendado ou redescoberto.



Em 2011, o projeto recebeu os escritores Ferréz, Ignácio de Loyola Brandão, Evandro Affonso Ferreira, Pedro Bandeira, Antonio Cícero, Nuno Ramos, Beatriz Bracher e Índigo. Cada um selecionou cerca de 30 livros do acervo da biblioteca do SESC Belenzinho que consideraram especiais para sua formação. Em encontros com o público deram seu depoimento sobre esses livros, que os tornaram leitores: os primeiros contatos com a leitura, os autores preferidos, o momento de uma história ficcional marcante; sobre como livros, “escondidos” em estantes de biblioteca, podem revelar os caminhos de cada um.



As seleções revelam sempre diferentes caminhos, encontros e formas de aproximação com o livro e com a leitura, trajetórias diversas e diferentes olhares para o acervo. Esta iniciativa do SESC Belenzinho busca incentivar a leitura, promover o diálogo do público com o acervo de sua biblioteca e, desta maneira, mantê-la “viva”.



Em 2012, na segunda edição do projeto, além de poetas e prosadores, foram convidamos filósofos e tradutores. A proposta é ampliar o olhar ao acervo da biblioteca, destacando não só a leitura literária, mas também das áreas do conhecimento que compõem o acervo. Neste ano, já passaram pelo projeto Ricardo Azevedo, Olgária Matos, Reinaldo Moraes, Luiz Ruffato e Lourenço Mutarelli. Após Daniel Mundukuru (20/9), os encontros são com Mamed Mustafa Jarouch (25/10) e Sérgio Vaz (22/11).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Brincadeiras indígenas tradicionais


Brincadeiras do Sudeste: Peteca

Ana Ligia Scachetti (novaescola@atleitor.com.br) Colaboraram Caroline Ferreira e Fernanda Salla
Fonte: Revista Nova Escola
Peteca. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Como brincar Formar uma roda com pelo menos três integrantes. Quem vai começar segura a peteca com uma mão e bate nela de baixo para cima com a outra, lançando-a para um dos outros. Ao receber o brinquedo, essa criança o rebate, passando adiante. Quando alguém deixa a peteca cair, sai da brincadeira. Também é possível brincar sozinho, jogando a peteca para cima o máximo que conseguir.

Variações Há diversos outros tipos de peteca, entre elas aquela utilizada no jogo de badminton, que integra a Olimpíada.
Peteca. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
Receita da peteca

Ingrediente Palha de uma espiga de milho.

Modo de fazer Retire a palha da espiga, evitando rasgá-la. Dobre a primeira folha, enrolando-a até formar um quadrado de mais ou menos 4 centímetros de lado. Esta será a base da peteca, que deve ser envolvida com as demais. Repita esse embrulho até chegar ao tamanho desejado. Deixe as extremidades soltas para cima, formando as "penas" da peteca. Por fim, tire um pedaço mais fino da palha que sobrou, formando uma tira. Com ela, amarre o brinquedo, unindo a parte das folhas que estão soltas. Agora é só jogar!

Histórico Na aldeia Krukutu, quem ensina as crianças a fazer a peteca (mangá, em guarani) é Maria Paulina, 47 anos. Ela veio a pé do Paraná com os pais na época da fundação da aldeia e trouxe de lá essa tradição indígena.







quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PONTO DE ARRECADAÇÃO DE ALIMENTOS E LIVROS PARA DOAÇÃO AO POVO GUARANI KAIOWÁ


O Comitê Internacional de Solidariedade ao Povo Guarani e Kaiowá está fazendo parcerias com as Organizações para receberem doações de ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS (PREFERENCIA PARA ARROZ, MACARRÃO E ÓLEO) e LIVROS (os livros serão vendidos em eventos, atos, saraus, etc e a verba arrecadada será destinado as retomadas do povo Guarani Kaiowá).
PONTOS DE ARRECADAÇÃO DE DOAÇÕES
A APROPUC – Associação dos Professores/as da PUC será um ponto de arrecadação, a sede fica na Rua Bartira, 407, Perdizes, ao Lado da PUC, de frente a entrada do Tucarena.
Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB/SP
Av. Prof. Lineu Prestes, 338 – Edifício de
Geografia/História, Cidade Universitária – São
Paulo/SP.
Dias e horários de atendimento:
segunda à quarta, das 14 às 18h.
quinta das 14 às 21h e sexta sem atendimento.
Endereços eletrônicos: www.agbsaopaulo.org.br
agbsaopaulo@yahoo.com.br
Tel: (11)3091-3758
EM BREVE MAIS ENDEREÇOS DE PONTOS DE ARRECADAÇÃO! se você não reside em São Paulo-SP, organize a arrecadação em sua cidade.
Continuamos recebendo doações nas contas bancárias:
SEJA SOLIDÁRI@! CONTRIBUA! DIVULGUE! FAÇA A SUA PARTE!
MAIORES INFORMAÇOES SOBRE PONTOS DE ARRECADAÇÃO E OUTRAS DUVIDAS PODERÃO SER SOLICITADAS PELO E-MAIL solidariedadeguaranikaiowa@gmail.com
DEPÓSITOS SÃO PELAS CONTAS:
BANCO DO BRASIL
AGENCIA 1267-X
CONTA CORRENTE 50172-7
EM NOME DE ISRAEL RAIMUNDO DOS SANTOS enviem e-mail para koro@riseup.net
OU
BANCO BRADESCO
AGENCIA 3561
CONTA CORRENTE 20404-8
EM NOME DE RENATO MOROZ IZZO enviar email para renato@deveck.com.br
após depósito, enviar e-mail para os titulares da conta, informando o valor depositado e mandem com cópia para este Comitê, solidariedadeguaranikaiowá@gmail.com

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

I Feira de Sementes Tradicionais na aldeia Moikarakô


O povo Mebengokré realiza a I Feira de Sementes Tradicionais na aldeia Moikarakô, Terra Indígena Kayapó.
O intercâmbio cultural será de 3 a 7 de setembro.

Missão
Realizar um grande intercâmbio cultural , fomentar a circulação de sementes e valorizar as práticas tradicionais do povo Mebengokré e de outros povos indígenas.

Informações gerais
A Associação Floresta Protegida, organização indígena que representa 17 comunidades (cerca de 3300 indígenas), e o povo Mebengokré (Kayapó) se preparam para receber a I Feira Mebengokré de Sementes Tradicionais na aldeia Moikarakô, na Terra Indígena Kayapó. A Feira acontecerá entre os dias 3 e 7 de setembro, e será um grande intercâmbio cultural entre várias etnias indígenas. Será um espaço para troca de sementes tradicionais, de experiência e conhecimentos.

https://www.facebook.com/FeiraMebengokre

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

AWARA NANE PUTANE

Awara Nane Putane -- Uma história do cipó é um curta-metragem em animação que conta o mito de origem do uso tradicional da ayahuasca, na versão da etnia yawanawa, que vive no coração da floresta amazônica, nas margens do Rio Gregório, no Es

tado do Acre. O curta é todo falado em idioma yawanawa, povo que pertence ao tronco linguistico Pano.
O roteiro e direção é de Sérgio de Carvalho, com produção de Karla Martins e Sérgio de Carvalho, Direção de Animação de Silvio Toledo e Valu Vasconcelos, Edição de Bruno Saucedo, Trilha Sonora e Mixagem de Duda Mello, Produção Indigena de Shaneihu Yawanawa, Vinnya Yawanawa e Vadé Yawanawa, Direção de Arte de Fred Marinho e Silvio Toledo, Pesquisa e Still de Talita Oliveira e Ney Ricardo, vozes de Shaneihu Yawanawa,Tika Matxuru , Nãynawa, Alda Artidor ( Dona Nega) Yawanawa,Yuva Yawanawa Kapacuru Yawanawa e Story Board de Clementino Almeida.

O projeto foi selecionado pelo Edital de Fomento ao Curta Metragem do MINC/SAV e teve apoio cultural do Governo do Estadodo Acre, por meio do DERACRE e Fundação de Comunicação e Cultura Elias Mansour, Fundaçãode Cultura Municipal Garibaldi Brasil, Funerária São João Batista, ABD&C Acre, Wave Produções e VT Publicidade.

http://www.youtube.com/watch?v=Lv0ixdL4UE0


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Congresso Nacional terá que ouvir comunidades afetadas pela construção de Belo Monte.

Brasília - A liberação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte só vai acontecer depois que o Congresso Nacional realizar e aprovar a consulta às comunidades afetadas. De acordo com o desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que relatou o processo que determinou a paralisação das obras, os parlamentares também terão que editar um novo decreto legislativo

 autorizando as obras em Belo Monte.



“Não estamos combatendo o projeto de aceleração do governo. Mas não pode ser um processo ditatorial”, disse o desembargador. A empresa Norte Energia, responsável pela obra, deverá ser notificada entre hoje (14) e amanhã (15) e poderá recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).



O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou na segunda-feira (13) a paralisação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Se a empresa Norte Energia não cumprir a determinação, pagará multa diária de R$ 500 mil. A decisão foi tomada pela 5ª Turma do TRF1, em embargo de declaração apresentado pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA).



O relator do embargo de declaração alegou que o Congresso Nacional deveria ter determinado que as comunidades afetadas fossem ouvidas antes de editar o decreto legislativo, em 2005, autorizando a obra, e não depois. “Só em um regime de ditadura tudo era póstumo. Não se pode se admitir estudos póstumos, a Constituição Federal diz que os estudos têm que ser prévios”. Segundo ele, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) também determina a consulta prévia aos povos que seriam atingidos pela obra.



Souza Prudente disse que a opinião das comunidades afetadas deverá ser levada em consideração no processo de liberação da obra. “A propriedade para o índio é diferente para o branco. O índio tem uma visão mística da propriedade, onde ali está seu avatar. E a Constituição Federal garante isso”.



Outra omissão, segundo Souza Prudente, foi na decisão anterior do TRF1, que considerou que o Supremo teria declarado a constitucionalidade do decreto legislativo do Congresso Nacional. Houve, segundo o magistrado, apenas uma decisão da então presidenta do STF, Ellen Gracie, sobre a questão.



Fonte:agencia brasil. ebc.com.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

IV Encontro de Educação Superior Indígena do Paraná

O IV Encontro de Educação Superior Indígena do Paraná, a ser realizado entre os dias 19 e 21 de Setembro de 2012, visa oportunizar espaço para a divulgação e a apropriação de saberes no campo da Educação Indígena, promovendo a troca de experiências entre os docentes/pesquisadores, profissionais, estudantes indígenas e não-indígenas de graduação e pós-graduação.


Mais informações: http://eventos.unicentro.br/encontroindigena2012/index.php


























terça-feira, 31 de julho de 2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Indígenas e Internet: divulgação, propagação da cultura e denuncias(Etno-jornalismo)


terça-feira, 24 de julho de 2012

V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE CURITIBA

Prezados/as,

Segue a programação do evento que irei participar em Curitiba nesta terça-feira, dia 24.
Divulguem entre os contatos.
Abraços
Daniel Munduruku


PROGRAMAÇÃO:


Local: Museu Oscar Niemayer

Data: 23, 24 e 25/07






sexta-feira, 20 de julho de 2012

Entidades debatem Convenção 169 da OIT


Data: 16/07/2012

Entidades da sociedade civil, vinculadas às questões indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, reúnem-se no início de agosto para debater a regulamentação do mecanismo de consulta prévia da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) deverá participar, com representantes de sua Comissão de Presidentes de Conseas Estaduais e de suas Comissões Permanentes.

A Convenção 169 da OIT sobre os povos indígenas e tribais foi ratificada pelo Brasil em 2002 e entrou em vigor em julho de 2003. Os países signatários da convenção se comprometem a consultar os povos interessados quando forem previstas medidas legislativas ou administrativas que os afetem diretamente, garantindo a efetiva participação dos povos indígenas e tribais na tomada de decisões.

A reunião informativa em Salvador (BA) ocorre nos dias 31 deste mês e 1º de agosto. Em Manaus, será nos dias 4 e 5 de agosto. Já em São Gabriel da Cachoeira (AM), o evento se realiza em 7 e 8 do mesmo mês. Ao término desta etapa, espera-se que o público envolvido entenda o que é a Convenção 169 e o direito de consulta prévia.

De janeiro a julho de 2013 será realizada a rodada de reuniões macrorregionais, buscando construir consensos para a regulamentação da consulta. Em setembro de 2013 deverá ocorrer, em Brasília, um seminário nacional para apresentação e concertação de todo o trabalho, principalmente da proposta de regulamentação do mecanismo de consulta prévia.

Fonte: Ascom/Consea

terça-feira, 17 de julho de 2012


A origem do beija-flor


FICHA TÉCNICA
Título: A origem do beija-flor: Guanãby Mur-gáwa
Autor: Yaguarê Yamã
Ilustradora: Taisa Borges
Formato: 25x23cm
Nº de páginas: 36
ISBN: 978-85-7596-246-6
Preço: R$ 28,00
A Editora Peirópolis lança, no dia 6 de julho, às 16h, no espaço da Livraria da Vila na Flipinha, durante a Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP), a obra A origem do beija-flor: Guanãby Mur-Gáwa, do escritor e filho do povo indígena Maraguá, Yaguarê Yamã, com ilustrações de Taisa Borges. O livro, em edição bilíngüe português e maraguá integra a coleção Peirópolis Mundo, primeira linha brasileira de livros infantojuvenis dedicada ao resgate de línguas ameaçadas de extinção. Aqui, o líder indígena conta a versão dos Maraguá para o surgimento desse misterioso ser.
A fábula conta a história de Guanãby e Potyra, mãe e filha, que sucumbiram diante da dor da perda de um ente querido, mas cujas vidas levaram ao surgimento do beija-flor, fruto do amor e carinho de ambas. A fábula fala sobre a importância do amor, do carinho e da saudade. Fala sobre como devemos dar valor às coisas simples e únicas da vida, diz Yaguarê.
Atualmente, os Maraguá se distribuem em quatro aldeias, todas nas margens do rio Abacaxis, e sua população na área não ultrapassa 200 pessoas. Segundo o autor, hoje há apenas pouco mais de 10 pessoas falantes da língua Maraguá. Esse idioma é um dos mais lindos do Brasil. Poder falar em Maraguá é poder homenagear meu pai, com quem o aprendi. Tenho uma grande preocupação em divulgá-lo, pois ele é a alma do meu povo. Se o deixarmos, também morreremos, explica o líder indígena.
A história também pode ser ouvida em Maraguá no link www.editorapeiropolis.com.br/peiropolismundo. Além do livro A origem do beija-flor: Guanãby Mur-Gáwa, a editora é responsável também pela publicação da obra Grande assim: uTshepo Mde, de autoria de Mhlobo Jadezweni, em IsiXhosa primeiro lançamento da coleção Peirópolis Mundo sobre uma das inúmeras línguas africanas ameaçadas de extinção.
SERVIÇO:
Lançamento Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP) – A origem do beija-flor: Guanãby Mur-Gáwa Sessão de autógrafos com o autor. Yaguarê Yamã.
Quando: 06 de julho
Onde: Livraria da Vila na Flipinha
Horário: às 16h
Sobre o autor:
Yaguarê Yamã é nascido no Amazonas e é filho do povo indígena Maraguá. É escritor e professor de Geografia formado pela Universidade de Santo Amaro. Morou por vários anos em São Paulo, onde apresentou diversas palestras e lecionou na rede pública aonde iniciou suas atividades como escritor, na companhia de seus amigos Daniel Munduruku e Renê Kinthaulu.
De volta ao Amazonas, decidiu se engajar como ativista indígena na luta pela demarcação das terras de seu povo e por sua organização política. Atualmente, com 36 anos, e como todo indígena seminômade, depois de passar por cidades e aldeias, mora em Parintins, à margem direita do rio Amazonas. Continua a lecionar Geografia e Artes na rede estadual de ensino, mas sem tirar o pé dos eventos e das atividades com seus livros no Sul e Sudeste do país.
Além de escritor, professor, geógrafo e liderança indígena, é ilustrador e artista plástico, especialista em grafismos indígenas. Em seu tempo livre, pinta telas de motivo tradicional, valorizando os símbolos chaves da mitologia dos povos amazônicos.
Sobre a ilustradora:
Desde criança, Taisa Borges gosta de contar histórias. A menina faladeira foi percebendo que as palavras não eram suficientes para se expressar. Quando pintou seu primeiro quadro, se deu conta de que uma imagem esconde inúmeras palavras. Desde então, Taisa fala pouco e conta muitas histórias. Depois de graduar-se em Artes Plásticas, estudou artes e desenho de moda em Paris. De volta a São Paulo, desenvolveu estampas e trabalhou com design gráfico. Hoje, a artista plástica dedica-se à ilustração infantil. É autora dos quatro livros que integram a coleção Livro de imagem, da Editora Peirópolis.
Sobre a Editora Peirópolis
Criada em 1994, a Editora Peirópolis tem como missão contribuir para a construção de um mundo mais solidário, justo e harmônico, publicando literatura que ofereça novas perspectivas para a compreensão do ser humano e do seu papel no planeta. Suas linhas editoriais oferecem formas renovadas de trabalhar temas como ética, cidadania, pluralidade cultural, desenvolvimento social, ecologia e meio ambiente por meio de uma visão transdisciplinar e integrada. Além disso, é pioneira em coleções dedicadas à literatura indígena, à mitologia africana e ao folclorebrasileiro. A editora está afinada com os propósitos do terceiro setor, participando ativamente do crescente movimento de sua profissionalização. Para saber mais sobre a Peirópolis, acesse www.editorapeiropolis.com.br
Lançamento: A origem do beija-flor com sessão de autógrafos e presença do autor Yaguarê Yamã.
Quando: 06 de julho
Onde: Espaço da Livraria da Vila na Flipinha – Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP)
Horário: às 16h
Endereço: Praça da Matriz, s/nº – Paraty Rio de Janeiro.
Site: http://www.flipinha.org.br/
Informações para a imprensa Editora Peirópolis:
COMMUNICA BRASIL
PABX: (11) 3868-0300
Andrea Funk andrea@communicabrasil.com.br
Samantha Oliveira samantha@communicabrasil.com.br
Kelle Momesso kelle@communicabrasil.com.br
www.communicabrasil.com.br

Fonte: Portal Comunique-se!

sábado, 7 de julho de 2012

Diálogo entre Estado e os Munduruku restabelece a paz em Jacareacanga


Diálogo entre Estado e os Munduruku restabelece a paz em Jacareacanga

Rodolfo Oliveira/Ag. Pará
O secretário Luiz Fernandes Rocha negociou com as lideranças da etnia Munduruku a volta da ordem e da tranquilidade à cidade de Jacareacanga

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 07/07/2012 às 14:56

    A sede do município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, já voltou à normalidade. Na manhã deste sábado (7), a equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado Raimundo Benassuly, retomou as investigações, em um posto provisório da Polícia Civil, sobre vários crimes ocorridos no município, principalmente sobre o assassinato do índio Lelo Akay Munduruku, fato que desencadeou a revolta dos Munduruku na semana passada.
    A tranquilidade foi restabelecida após a reunião, realizada na sexta-feira (06), entre o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, outras autoridades do Executivo e Judiciário, e lideranças indígenas.
    O posto da Polícia Civil está funcionando na creche Irene Brelaz, no centro da cidade, com seis policiais civis.
    Logo cedo, um parente do indígena assassinado procurou o posto policial e acrescentou novas informações ao inquérito. De acordo com o delegado Raimundo Benassuly, “o parente da vítima, que veio fazer o primeiro depoimento do dia, nos acrescentou informações que não estavam nos autos. A partir dela, pelo menos 13 pessoas serão intimadas a prestar novos esclarecimentos. Primeiro teremos que encontrar essas pessoas. No entanto, o mais importante é a celeridade do processo”.
    Integração - O direcionamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) é que o trabalho policial seja integrado. Para isso, estão na cidade de Jacareacanga 30 policiais militares e seis civis.
    Os militares têm a missão de criar um novo modelo de policiamento, que inclua a participação efetiva da comunidade. Eles foram orientados a conhecer melhor a cidade e suas características, a realizar palestras visando sensibilizar a população para a importância do combate ao narcotráfico e à criminalidade em geral. A elaboração de um plano de segurança para o município também faz parte das novas atribuições da PM em Jacareacanga.
    Rainere da Silva Quintino, coordenador técnico local da Fundação Nacional do Índio (Funai), reconheceu que a presença de um representante do Sistema de Segurança Pública do Estado em Jacareacanga garantiu o sucesso nas negociações com as lideranças indígenas. “A vinda do secretário a Jacareacanga foi válida para o povo, porque todos estavam ansiosos esperando este momento. Como o secretário falou, a partir deste momento Jacareacanga viverá melhor e em paz”, afirmou Rainere Quintino.
    “Nenhum crime deve ficar impune, por isso vamos apurar minuciosamente a morte de Lelo Munduruku e responsabilizar os culpados por este assassinato. Podem ficar tranquilos, porque vamos dar agilidade a este processo”, garantiu o secretário Luiz Fernandes Rocha na reunião.
    Audiência - O secretário também assegurou que o governador Simão Jatene vai receber uma comitiva da etnia Munduruku, em Belém. A data da reunião será anunciada no próximo encontro com os índios, que deverá ocorrer nos próximos 15 dias, na sede municipal. Eles pediram a participação na audiência com o governador de deputados estaduais, juízes, promotores e o procurador da República, Felício Pontes.
    “Hoje, estamos trabalhando com foco na prevenção social da violência e da criminalidade. A repressão rigorosa ao tráfico de drogas e a redução da impunidade são prioridades da área de Segurança Pública. Em razão dessa diretriz de gestão, o nosso propósito é trazer também a coordenação do Programa Pro Paz na próxima reunião, aqui em Jacareacanga, para discutir políticas públicas e a inclusão de jovens e crianças nos programas sociais do governo”, destacou o titular da Segup.
    Motivo da revolta - Lelo Akay Munduruku, 34 anos, foi assassinado no último dia 22 de junho, a facadas e pauladas. Segundo já foi apurado, o indío portava uma quantidade de pepitas de ouro, retiradas de um garimpo próximo à cidade.
    No dia seguinte (23), quatro pessoas foram presas, acusadas de envolvimento no crime. Mas por falta de provas, dois presos foram liberados. Os indígenas, revoltados, incendiaram o Destacamento da Polícia Militar.
    Para gerenciar a crise e buscar o restabelecimento da ordem pública no município, a Segup enviou um grupo de oficiais do Comando da Polícia Militar para Itaituba, município vizinho a Jacareacanga, onde foi formado um gabinete de gerenciamento de crise, com representantes das esferas municipal, estadual e federal.
    Por meio do gabinete de gerenciamento de crises, o secretário Luiz Fernandes Rocha manteve um canal direto de comunicação com as lideranças indígenas, e tomou conhecimento das principais reivindicações dos Munduruku, antes de seguir para Jacareacanga. Durante a reunião, ele anunciou a construção de uma Unidade Integrada Pro Paz, que garantirá segurança, educação e cidadania à população.
    Na reunião, o secretário esteve acompanhado pelo prefeito de Jacareacanga, Raulien Oliveira de Queiroz (PT); pela promotora de Justiça de Jacareacanga, Maria Raimunda Tavares; pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes; pelo subcomandante geral da Polícia Militar, coronel Walci Luiz Travassos de Queiroz; pelo delegado geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino, e pelo superintendente de Polícia Metropolitana da Polícia Civil, delegado Raimundo Benassuly.
    Mais fiscalização - A pauta de reinvindicações dos indígenas inclui também a realização de operações policiais de combate intensivo ao tráfico de drogas na região; a instalação de um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na saída de cidade, às margens da rodovia Transamazônica (BR-230); a instalação de barreiras integradas da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e Polícia Militar, a fim de reforçar a fiscalização em veículos e coibir o tráfico de entorpecentes na Região do Tapajós.
    “Queremos o nosso município livre das drogas e dos traficantes, por isso pedimos que o governo atenda aos nossos pleitos, o mais breve possível, para que a população de Jacareacanga e os povos indígenas possam viver em paz”, frisou o índio Valdenir Borum. Outras lideranças da etnia Munduruku - o cacique Luciano Saw e os índios Lamberto Painhu, Maria Leuza Kabá e Aldo Cardoso Karu - reforçaram o documento, denominado “Carta aberta de reivindicações do povo Munduruku”.
    “A pauta de reivindicações é justa e possível de ser viabilizada”, ressaltou o secretário Luiz Fernandes Rocha.
    Jacareacanga tem cerca de 41 mil habitantes, e quase 2,3 milhões de hectares de áreas distribuídas entre três reservas indígenas. A população da etnia Munduruku chega a 12 mil índios. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Segup).