quinta-feira, 28 de julho de 2011

REVISTA MEKUKRADJÁ - AGOSTO 2011

Pessoas queridas,
Já é possível acessar o segundo número da revista Mekukradjá.
Este segundo número traz a notícia de nossa participação na FELITSBC.
Todo e qualquer comentário será bem vindo.
Grande abraço e boa leitura a todos/as

Literatura Indígena na Feira Literária da São Bernardo do Campo

Durante o ano de 2011, a Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo, demonstrando seu compromisso com a leitura, realizará diversas ações visando não apenas incentivar o ato da leitura, mas também garantir a apropriação dos espaços leitura existentes em suas unidades escolares.
Como parte destas ações, entre os dias 1º e 14 de agosto, será realizada na cidade a 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo, uma idealização da Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ.

A FELIT é um evento pioneiro na região, no qual não só as crianças, mas também os adultos, entrarão no mundo do livro, da literatura, do conhecimento, da cultura e do entretenimento. Durante todo o evento, o livro e a leitura literária serão o centro das atenções e os responsáveis por propiciar este prazer a todos nós (escritores, ilustradores e editores) estarão em contato com seu público, falando um pouco sobre seus trabalhos e experiências com a leitura.

A realização desta Feira atende a proposta de governo democrático e vai ao encontro das ações desenvolvidas junto aos estudantes da rede municipal de ensino, que enfatiza a importância de despertar o gosto pela leitura e garantir a autonomia na escolha de suas próprias leituras, a vivência cultural e a formação de cidadãos críticos. Além disso, a FELIT viabilizará a ampliação do repertório de escolhas literárias dos alunos e, consequentemente, sua visão de mundo.”
Fonte: Secretaria da Cultura de São Bernardo do Campo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Respeito à medicina tradicional indígena discutido em seminário em Florianópolis

Segundo a diretora, até o final do ano a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) elaborará um projeto para qualificação de profissionais de saúde

Implantar o cuidado integral à saúde dos povos indígenas observando as práticas e os cuidados da medicina tradicional. Esse foi o desafio apontado pela diretora de Atenção à Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Irânia Marques, anteontem, em Florianópolis, durante o primeiro Seminário Sul/Sudeste de Saúde Indígena Subsistema de Atenção à Saúde Indígena: onde estamos e para onde vamos. “Temos que entender a importância dos pajés, da parteira tradicional, dos xamãs e dos curandeiros na prática da medicina no dia-a-dia”, ressaltou.

Segundo a diretora, até o final do ano a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) elaborará um projeto para qualificação de profissionais de saúde para garantir o respeito às especificidades culturais. “Nós temos realmente que avançar para que não apenas as equipes multidisciplinares tenham esse treinamento, mas também as equipes que são referências para saúde indígena nas maternidades e nos hospitais”, afirmou.

Irânia Marques diz que o conhecimento dos pajés, o trabalho de orações e rituais tradicionais podem somar forças ao tratamento e cura do paciente, uma vez que na cultura indígena o pajé é o responsável pela saúde espiritual e física da tribo. “Não é só não aceitar. Nós, não indígenas, precisamos conhecer para dialogar, criar e elaborar uma nova prática. Temos que qualificar a nossa equipe para que a gente institucionalize e garanta a prática e as medicinas tradicionais. Não pode ser um favor, tem que ser uma política”, destacou.

O Pajé Karaí Tatãe, 94 anos, da etnia Guarani, de Paraty(RJ), lembrou da importância da prática religiosa tradicional em conjunto com o tratamento médico no momento do atendimento ao indígena enfermo. “Nós, os Pajés, temos a hora para trabalhar a ‘Pajelança’ (ritual religioso indígena). A gente pede permissão para o médico com o objetivo de ficar sozinho com a pessoa doente por algumas horas. Depois ele pode retornar e continuar a assistência médica”, destacou.

A pajelança é um termo genérico aplicado às diversas manifestações religiosas dos mais de 220 povos indígenas brasileiros. O termo refere-se aos rituais nos quais um pajé ou xamã entra em contato com entidades não-humanas (espíritos, animais, forças da natureza, entre outros), para resolver problemas que acometem pessoas ou coletividades.

Correio do Estado

Falta difusión a literatura indígena, advierte autora

Enriqueta Lunez considera que la lengua indígena representa un reto para estudiosos y críticos

La poesía y la narrativa en lengua indígena representan un reto para los estudiosos y críticos de la literatura actual, ya que suelen ceñirse exclusivamente a los cánones provenientes del Viejo continente, opinó la poeta tzotzil, Enriqueta Lunez.
Al participar en el Primer Encuentro Regional de Mujere s indígenas en el Arte, reiteró que las dificultades que enfrentan los especialistas respecto a obras en las lenguas mexicanas se originan 'porque han sido formados en una visión etnocentrista, que se resiste a admitir en la palabra poética a lo que no se adapta al Viejo continente'.
Ante ello, dijo, 'es evidente que empezamos a cuestionar lo que nos preocupa y a tomar de manera activa responsabilidades que puedan ayudarnos a mejorar nuestro quehacer creativo'.
Pero también 'muchas de las veces somos átomos en el aire. Cada quien lucha en su trinchera, no hemos logrado consolidarnos como un grupo que luche por las expresiones culturales de los pueblos, defendiendo sus derechos y al mismo tiempo exigiendo los suyos.
'Porque si bien de nosotras depende la transmisión de la lengua también depende que sea considerado un arte y eso se logrará en la medida que unamos fuerzas y que todos los proyectos creativos en cada una de las disciplinas se realicen en perfecta maestría', agregó.
Lunez enfatizó que el trabajo de la mujer creadora indígena 'se multiplica y por ello en alguno de los casos son voces emblemáticas de espacios libres, o bien, voces que embellecen teatros nacionales e internacionales, ferias de libro y programas de radio'.
Empero, también sufren 'del desinterés social e institucional en su promoción, por lo que la cantante, poeta, escultora termina de exponer su obra para sí misma por la falta de interés de difusión institucional'.
Desde la poesía, dijo, quiero significar que es un producto emocional y cultural, porque a través un poema podemos tener una visión del mundo, una cosmovisión de la vida y a una apreciación de lo que podemos llegar a expresar.
'Comunicar e invocar a través del lenguaje forma parte de esta visión del mundo, si además la poesía proviene de una mujer, de una comunidad indígena la poesía adquiere una visión de la cultura contemporánea y la ha colocada en una posición de reto intelectual', dijo.
'Pues actualmente es un reto comprender y disfrutar la diversidad de pensamiento, de visión del mundo y de expresión linguística', manifestó. En otro tema, indicó que entre la mujer mexicana indígena 'cobra mayor fuerza en la tarea cultural, por ello provoca que la mujer entre en la disyuntiva de dedicarse a la casa de tiempo completo o a combinar su dedicación al arte y la casa'.
'Desde esta perspectiva, la mujer indígena no se preocupa solo por transmitir los haberes a los hijos, sino ahora se preocupa por enseñar y difundir su cultura, a través de su obra', concluyó.

MÉXICO |
Notimex | El Universal

cvtp

Pela primeira vez São Bernardo realiza Feira Literária

1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo (FELIT), idealizada pela Secretaria de Educação em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ será realizada entre os dias 1º e 14 de agosto de 2011. O evento faz parte da programação dos festejos de aniversário da cidade, ele é pioneiro na região, no qual o livro e a leitura literária terão destaque, propiciando encontro de escritores, ilustradores e editores com a comunidade. Acompanhe a programação completa pelo site:http://www.educacao.saobernardo.sp.gov.br/index.php/feiraliteraria1

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Brasil não começa a partir de 1500 - Entrevista para a Globo News

Entrevista para o Programa Milênio - Globo News



Cinco mil anos de história. 250 povos e 180 línguas. 800 mil pessoas. 0,4% da população brasileira. Essa é a dimensão do movimento indígena de hoje. A riqueza e o conhecimento sobre a terra que hoje compreendemos como Brasil aos poucos vão se perdendo e a ideia de civilização, herdada do século XIV, coloca o índio como algo a ser assimilado ou isolado. A identidade do indígena foi, durante muito tempo, definida em termos negativos. É o preguiçoso, o que atrapalha o progresso, alguém que não está dentro dos fluxos civilizatórios do Ocidente. Daniel Munduruku mostra que há muito mais do outro lado da linha que divide nossa história e que vale a pena ir além do limite imposto pelos relatos dos conquistadores. Tanto para o indígena quanto para todos os brasileiros. A reformulação da identidade indígena renova o conceito de brasilidade e enriquece o panorama cultural do país.

A partir da década de 1970, os povos indígenas se redescobriram como um movimento pan-indígena. Surgiram a UNI (União das Nações Indígenas), o COIAB, (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), a Aliança dos Povos da Floresta e muitos outros movimentos e ONGs. O índio ganhou status de ator político, com reivindicações, expectativas e consciente de suas particularidades. Munduruku diz que os indígenas querem estar dentro do Brasil, mas querem manter suas crenças, sua espiritualidade, suas tradições. Querem contribuir para o crescimento do país de forma ativa, ao invés de serem carregados para o futuro. É o que falta para a democracia brasileira deixar de ser um ensaio, como coloca nosso entrevistado.

Daniel Munduruku é um educador. Ele percebeu que a melhor maneira de reescrever nosso passado é transformar quem vai pensar o Brasil no futuro. Ele recebe crianças em seu sítio para transmitir um pouco da cultura indígena e é autor de mais de 40 livros infantis. Ao estabelecer um diálogo entre essas várias histórias que se entrelaçam, ele abre espaço para um Brasil mais inclusivo e consciente de suas origens.

http://g1.globo.com/platb/globo-news-milenio/2011/07/12/o-brasil-nao-comeca-a-partir-de-1500/

terça-feira, 5 de julho de 2011

Projeto de lei prevê transformação da Funai em ministério

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal prevê a transformação da Fundação Nacional do Índio (Funai) em uma secretaria especial, com status de ministério. Desta forma, o órgão deixaria de estar sob a guarda do Ministério da Justiça e passaria a funcionar de forma autônoma, nos mesmos moldes das secretarias especiais de Direitos Humanos, da Igualdade Racial e de Políticas para Mulheres. A fundação existe desde 1967, quando foi criada para substituir o Serviço de Proteção ao Índio ( SPI).


Aprovada na semana passada durante sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado, a proposta de criação da Secretaria Nacional dos Povos Indígenas segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Se aprovada, segue para a Câmara.

Funcionários da Funai passariam a trabalhar no novo ministério


O relator, Paulo Paim (PT-RS), disse que o objetivo não é acabar com a Funai, mas incorporá-la ao novo ministério, aproveitando inclusive os funcionários e a estrutura.


"Estamos valorizando a Funai, elevando o grau do órgão. São tantas as denúncias que chegam aqui da situação dos povos indígenas... isso também não quer dizer que a Funai seja a única culpada", afirmou Paim, ao garantir que o governo conta com recursos disponíveis para a criação de uma nova pasta.


Relatório divulgado na semana passada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) revelou que a morte de crianças indígenas cresceu 513% entre 2010 e 2009, por conta da falta de cuidados médicos.


O projeto foi apresentado pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), que destacou no texto da proposta a precariedade do órgão.


"Desde que foi criada, a Funai apresenta a instabilidade como característica maior: esteve sob o comando de 32 dirigentes distintos, sendo alguns de triste lembrança; vivenciou uma alteração radical de abordagem da questão indígena a partir da promulgação da Carta Política de 1988; mudou de vinculação ministerial em 1991, incorporando-se à estrutura da Pasta da Justiça; e viu-se cada vez mais desacreditada em função das seguidas reformas administrativas que esvaziaram a maior parte de suas competências, legitimando órgãos de outros ministérios para intervenções setoriais na política indigenista", diz o texto.


O projeto é autorizativo, ou seja, funciona como uma espécie de sugestão para o Executivo, a quem cabe a decisão. Por isso, a proposta não passará pelos plenários da Câmara e do Senado. Em caso de aprovação nas comissões, já segue direto para a mesa da presidente Dilma Rousseff.


Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
05/07/2011 | 09h33 | Senado

Da Agência O Globo

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novo livro de Daniel Munduruku resgata mitos indígenas

Como surgiu – Mitos indígenas brasileiros é o novo livro do escritor Daniel Munduruku, lançamento da Callis Editora. A obra traz várias histórias de tribos como Apinajé, Tembé e Caiapó que explicam por exemplo a origem do fogo, do milho e da mandioca.
Além de revelar as crenças indígenas, Munduruku mostra ao leitor um panorama atual sobre a presença do índio no Brasil: desde crescimento populacional até a “urbanização” de várias tribos e as disputas de terra no território da Floresta Amazônica.
O autor - Daniel é índio da nação Munduruku, dai ter adotado o nome de sua tribo como escritor. Formado em filosofia pela UNISAL (em Lorena) e doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP). Recebeu o Prêmio Jabuti pela versão infantil do livro Coisas de índio (Callis Editora) e é diretor-presidente do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI, que defende o patrimônio cultural e os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas brasileiros.
Ficha Técnica:
Como surgiu – Mitos indígenas brasileiros
Autor: Daniel Munduruku
Ilustrações: Rosinha
31 páginas
Preço: R$ 24,90



Fonte: A Tarde On Line