quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Indígena Bu’ú Ye'pamahsã, fala da educação brasileira, lei 11645 e ÜNKUNAHPÓ

Entrevista com o indígena Bu’ú Ye’pamahsã, ator e pesquisador do documentário ÜNKUNAHPÓ:

Bu'ú
   Vocês poderão conferir em nossa entrevista como foi a pesquisa e qual objetivos deste documentário que trata da lei 11.645/08, também saber um pouco mais sobre a história de um indígena que além de ser ator é defensor dos direitos dos povos indígenas e encontrou através da arte uma maneira de divulgar sua cultura.  

Cinemartes: Como foi sua participação no documentário ÜNKUNAHPÓ ?
Bu’ú: No Momento que respondo sobre documentário estou em Manaus – Amazonas, o documentário foi filmado no estado de São Paulo, quando eu recebi o convite do Diretor Adolfo Borges, para fazer papel principal sentir um compromisso e responsabilidade o documentário ÜNKUNAHPÓ. Como faço parte na luta de implementação da lei 11.645/08 que instituí a obrigatoriedade do ensino da cultura dos povos indígenas e afro dentro das instituições de ensino, vi ótimo, quando diretor Adolfo Borges, veio convidar aceitei confirmando a minha participação. Então reunimos na ECA- Usp para falar do projeto do documentário e aproveitar para seleção do outro participante para contracenar foi escolhido o professor da Usp, ouvimos também falamos com professores universitários para ver como anda educação a metodologia cultural e os seus conhecimentos, como a dificuldade de acesso dos professores aos livros sobre povos indígenas, como está sendo o ensino e de que forma estão vendo o desafio para aplicar a lei 11.645/08, falei que queremos mais conteúdo, informações dentro disciplina história, arte e literatura entre outros.

Cinemaartes: Como foram as pesquisas para o ÜNKUNAHPÓ ?
Bu’ú: A fonte da pesquisa e produção foi nossa experiência de vida o nossos conhecimentos na prática, eu na minha caminhada com meus avôs e com meu pai aprendi o mundo espiritual, onde conhecimento é passado oralmente isso facilitou muito, a minha participação no documentária os conhecimentos dos povos indígenas, o mundo dos povos, cantos, danças, rituais e conexão ao mundo visível e invisível com seres que habitam no ventre (no olhar terra), com ajuda da minha Tia Otacila Ye’pamahsã, traduzimos o nome indígena do documentário ÜNKUNAHPÓ para português- Desenformar, levar nova informação.
Cinemaartes: Qual a importância do ÜNKUNAHPÓ?
Bu’ú: Ünkunahpó vem desenformar os alunos a educação do Brasil está na forma, no entanto informar a sociedade conscientizando para tirar da forma, as crianças precisam conhecer desde pequeno as informações da diversidade a cultura dos povos indígenas da forma como vivem, idiomas, cânticos, rituais, afinal cada povo tem sua idioma própria, crenças e entre outros, entretanto as crianças conhecendo a diversidade serão futuros defensores com respeito e bom cidadão.
   Eu Sentir a importância da gravação, apesar de poucos minutos que será exposto para sociedade que irão ver ao ver aprenderão a viver sentir e ver com outro olhar, o valor da diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil. O documentário é um registro de suma importância no presente e para futuras gerações. Assim sendo a cultura é fonte de existência de todos os grupos étnicos no mundo, sendo assim, sentimos o valor para manter a culturas tradicionais, conscientizando a sociedade através das informações que poderão ter acesso, conhecendo a cultura de cada grupo étnico passamos a respeitar um e outros, esse é futuro que queremos para que todos vivam de harmonia no espaço onde vive. Aguardem o lançamento do ÜNKUNAHPÓ, esperamos que gostem do nosso trabalho.

Cinemaartes: Qual sua opinião sobre a lei 11645/08 ?
Bu’ú: Nossa luta e minha luta dos povos é promover a conscientização utilizando como ferramenta a lei 11.645 que abre o caminho da importância na divulgação dos valores culturais dos Povos Indígenas do Brasil, ela institui a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-brasileira e Indígena” nas escolas brasileiras.
   Mas ainda tem a necessidade de formar professores a ensinarem História, Arte e literatura, nas escolas onde o podem aprender com os próprios povos indígenas, desta forma desmistificando a história os alunos poderão ter a formação que resgata a memória a construção da identidade do povo brasileiro, e me preocupo que chegue a conhecimento da sociedade a verdadeira história e contribuição dos povos Indígenas nos costumes, hábitos, no meio ambiente, na natureza, no desenvolvimento do Brasil, e até mesmo a influencia das línguas indígenas no português falado aqui no Brasil.
   A lei 11.645/08 ajuda para novas conquistas nos espaços públicos abrindo oportunidades a nossas ações que promovemos, como: Fórum, Seminários, Conferências, Congressos, Debates de defesa dos direitos Indígenas em geral, conforme garantido na Constituição de 1988, nos artigos 231 e 232 que dizem respeito aos Direitos dos Povos Indígenas a forma como vive.
   A temática que envolve os povos indígenas está em bastante evidência: nas escolas, faculdades, mídias, redes sociais, academia, organizações não governamentais e governamentais, especialmente com a aprovação da lei 11.645/08, mas ainda é pouco se pensarmos que existe um vazio muito grande nas páginas da historia do Brasil sobre os povos indígenas. Assim nos encontramos num momento único, uma chance de contar a verdade e não puramente imaginárias poéticas e fantasiosas como alguns livros didáticos que já foram publicados e estudados ao longo da existência deste modelo de educação no Brasil.

Cinemaartes: Fale sobre como está a lei 11645 hoje? qual a realidade e se esta sendo aplicada?
Bu’ú: A realidade que não está sendo aplicada essa lei para maioria das escolas, seja por falta de informações, isso está por não aceitação das maiorias esse novo contexto da educação e a lei. Fato que alguns professores já me falaram que não tem livros sobre povos indígenas, não conhecem bem a cultura indígenas, o ponto positivo que na medida que está expandido as informações e maiorias das pessoas se alegram ao conhecer a lei 11.645/08. A lei é para receber com carinho e lembrar dos fatos que aconteceram desde a invasão dos europeus, nada mudara o passado, mas que ficara ao conhecimento da sociedade a verdadeira história, assim sendo a valorizarão a cultura do Brasil, a lei trás uma mudança para melhor para sociedade conhecer outro lado da moeda do verdadeiro, ela vem desenformar a história, tirar educação da forma, tem valor para que futura gerações tenha essas informações, assim cada um respeitará um a outro.
   Conheço publicações de livros que tratam nós povos indígenas com exclusão apenas uma pagina falando da mentira do “descobrimento” onde somos tratados com preconceitos e estereótipos e alguns livros totalmente alienados da realidade pois não levam em consideração os 511 anos de invasões, como se os povos indígenas fossem congelados no tempo e apenas meros sujeitos passivos, pobre vitimas, desqualificando assim todos os nosso saberes e anulando assim uma riqueza de conhecimentos e valores culturais e nossas histórias ancestral milenar que já tínhamos antes da invasão do Brasil. 

Cinemaartes: qual conselho você daria aos indígenas sobre a lei 11645?
Bu’ú: Já conheci dezenas de parentes que levam este debate para as escolas de todo Brasil, as vezes para sobreviver dignamente cantam , dança, vendem artesanatos e fazem palestras, e outros já estão engajados a muito tempos antes da lei existir publicaram livros, realizaram fóruns e já estão até mesmo formando os professores não índios, são verdadeiros mestres que enfrentam as mais variados obstáculos para levar nossa história aos não índios, parabéns a esses guerreiros e guerreiras. Por isso eu aconselho que se envolvam na defesa desta lei pois é fundamental que nesse processo da implementação da lei 11645/08 nossa voz seja ouvida, válida e respeitada, precisamos nós mesmo ÜNKUNAHPÓ(traduzindo para português- Desenformar, levar nova informação).

Cinemaartes: Qual conselho você daria aos profissionais da educação sobre a lei 11645 ?
Bu’ú: A lei para ser aplicada nas escolas, as pessoas que trabalham com a educação ou
interessado tem que conversar com comunidade ou aldeias para levantar as histórias e fazer parceria com município para implementação da lei, isso pela falta de livro, assim sendo estarão ouvindo a verdadeira história dos povos indígenas, nas disciplina história, arte e literatura, importante que tenha mais conteúdo para professores ter iniciativa e levar proposta para diretor da escola e conversar com pedagoga.

Cinemaartes: Qual sua opinião sobre a história do Brasil?
Bu’ú: É grande a resistência de 511 anos dos Povos indígenas no Brasil contra a invasão trágica e mais sangrenta da história de colonização cristã de todos os povos do mundo, o Brasil tem que reconhecer que no litoral brasileiro os povos indígenas que tiveram os primeiros contatos com os Portugueses invasores, mal sabiam o que viria pela frente, eram flechas contra armas de fogo, espadas, navios, doenças, uma legião de homens perversos, assassinos, gananciosos, dispostos a tudo pela riqueza fácil e rápida. Mas a historia oficial do Brasil insisti em não admitir esses fatos e que a realidade é que a catequização e a escravização dos povos foi marcada pela violência sem precedentes na história, e hoje se reproduz com racismo, discriminação e crimes, onde o movimento indígena e algumas lideranças são criminalizadas e assassinadas de Norte a SUL do Brasil, e é importante lembrar que os missões religiosas, ONGs e o próprio Governo continuam interferindo e trazendo danos irreparáveis com novos modelos de invasão e seus valores que dizem ser civilizados desenvolvido levando a destruir a nossas crenças, nossa espiritualidade, saúde milenar e continuam invadindo nossas terras ancestral.
   Antes da invasão no ano de 1500 tinha 6 milhões de indígenas, mas hoje fala-se de pouco mais de 750 mil indivíduos, aproximadamente 240 povos indígenas, falam 180 línguas e troncos lingüísticos diferentes, e lembrando que ainda existem dezenas de povos que estão sem e nem querem contatos com os não índios apesar de serem constantemente alvo de invasores, doenças, ameaças de contatos forçados por conta da expansão das fronteira agrícolas e projetos do chamado “desenvolvimento” como hidrelétricas e estradas.
   Durante a ditadura militar na década 60 foi estudado e elaborado alguns Projetos, um deles é o Projeto“Rangel” da época do governo da ditadura militar brasileira que tinha como metas expandir programas de desenvolvimento para o crescimento do Brasil, com isso tivemos massacre e muitos povos foram exterminado, e tinham como plano de chegar ao ano de 2000 sem nenhum índio vivo no Brasil, porém estamos na luta para desmistificar a verdadeira história dos povos e nossa participação no desenvolvimento do Brasil, não somos entrave para política e sim parceiros desde que respeite o mundo dos povos indígenas.

Cinemaartes: Conte sobre você, qual sua história?
Bu’ú: Sou membro do Clã Ïremirin Sararó - Fátria Patrilinear da Amazônia, o nome Bu’ú significa “tucunaré”, que é um peixe encantado dos rios Amazônicos, nome dado a guerreiros e que representa a pessoa de vida curta e brava.

   Na sociedade registrado e chamado de João Kennedy Lima Barreto, tenho 33 anos, nasci em 8 de junho de 1978, na aldeia Kayra divisa Brasil fronteira com Colômbia, no rio tiquié município de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro no estado do Amazonas, onde vivi quase sem contatos com os não índios até meus 14 anos nem sabia falar português, tive que ir pra cidade estudar , conhecer o mundo de fora da aldeia pra defender nossos direitos ,sou filho de pai Ye’pamahsã e mãe Tuyuka. Aos 18 anos fui chamado pelo Exercito brasileiro.

   Estudei na Universidade Estadual do Amazonas– Faculdade Superior de Arte(não conclui), Trabalhei no Projeto Rondon: Registro Civil de Nascimento dos Povos Indígenas do amazonas 2007 até 2008. Hoje sou professor de idioma Ye’pamahsã (Tukano), Coordenei curso sobre lei 11.645 em São Paulo, m 2005 participei 1º documentário, 2008 curta - protagonista Amor e Morte no Amazonas(com direção do Alexis christu) participei do comercial Turismo Nativo do Ministério do Turismo 2010, Dirigi e escrevi peças teatrais: Sapo Taro Bekê- 2006, Tui'-Sá Kumurõ 2009, Ensinamento do Beija Flor -São Paulo 2010, Baya Porã -São Paulo 2010, Essas são minha palavras, eu sou Bu’ú Ye’pamahsã (Tukano).

 Obra: Ye'pamahsun Kum Ña'tüo'ñarõ
Também estudei e sou professo de arte plástica técnica Marchetaria e Fiz 1ª exposição sobre a Viagem Filosófica Alexandre Rodrigues Manaus, 2007 a 2ª Trançado e Cores da Amazônia 2008, 3ª na Casa de Cultura do município Itaguaí Rio de Janeiro em 2009, tenho algumas obras no Museu do Índio - RJ, na China, na Alemanha e São Paulo e Amazonas. 
Em Novembro de 2011 ganhei oPrêmio Mostra Cultura e Saúde- Do Instituto Olga Kos, na Oficina Oswald de Andrade em São Paulo, com minha obra em marchetaria: Ye'pamahsun Kum Ña'tüo'ñarõ - Um olhar Ye'pamahsun.

 Minha mensagem: A liberdade e paz existe desde que cada um respeite o direito do outro não adianta cobrar direito se não respeita o direito do outro.
Bu'ú Yepamahsã

Buudahse@gmail.com  www.buuyepamahsa.blogspot.com  e  www.cinemaartes.blogspot.com
 Celular: 55 11 8286-1769

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ünkunahpó-"Desenforme" Documentário que discute aplicação da Lei 11.645/08, que determina o ensino das Culturas dos povos Indígena nas salas de aula.


Ator e pesquisador Bu'ú Yepamahsã

O Ponto de Cultura, Km 30, localizado em Embu das Artes, interior de São Paulo, já exercia atividades através da Associação de amigos de Bairro das Chácaras Batira. Por meio do trabalho, cujo objetivo é dar oportunidade para que a comunidade local efetive suas potencialidades na reflexão e construção de sua identidade, o Ponto de Cultura Km 30 é um dos vinte Pontos de Cultura que venceram o prêmio do Edital do Laboratório Cultura Viva, para a produção de quatro documentários que serão exibidos na Revista Digital Cultura Viva.


"Quando vimos o Edital, decidimos fazer algo sobre a diversidade dos Pontos de Cultura que são nossos parceiros.

Diretor Adolfo Borges, Bu'ú e Antonio

Estamos fazendo uma série de documentários sobre esses três Pontos de Cultura parceiros, e um sobre o nosso próprio Ponto, o Km 30", falou Eunice Silva, coordenadora do Ponto de Cultura Km 30.



Bu'ú e Profº Antonio Reis

"Desenforme" dá nome ao segundo documentário ou "Ünkunahpó" traduzindo da língua do povo indígena Ye´pamahsã (Tukano). Este documentário discute atividades de como aplicar a Lei 11.645/08, que determina o ensino das Culturas dos Povos Indígenas e Afro-Brasileira nas salas de aula das escolas publicas e privadas de todo o Brasil desde 2008 e como os professores devem se preparar através das artes indígnas, meio ambiente, línguas, tradições indígenas e História sobre os Povos indígenas. No documentário Também falamos das dificuldades dos professores de determinadas disciplinas, como História, que são obrigados a ensinar sobre as Culturas Indígenas e Negras, mas que não têm acesso a material ou preparo adequados para isso", falou Eunice.

As pesquisas para o Ünkunahpó contam com a colaboração do indígena Bu'ú Ye'pamahsã (ator, artista plastico e defensor da lei 11.645/08) e do Profº Dr.Antonio Reis(Doutor em História pela USP). As gravações foram realizadas em outubro de 2011, na cidade de Cotia, São Paulo- Brasil, mas ainda não tem data de seu lançamento

e-mail: pontodeculturakm30@gmail.com


mais informações: http://pontodeculturakm30embu.blogspot.com/
Veja mais/ fonte http://labculturaviva.org/node/1000

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ministério da Cultura lança edital para premiar 500 iniciativas de jovens que produzem cultura

A secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC), Márcia Rollemberg, anunciou em Brasília, no último dia 12, a realização do Prêmio Agente Jovem de Cultura: Diálogos e Ações Interculturais (clique aqui para ver o edital), que vai conceder 500 prêmios, no valor de R$ 9 mil cada, a iniciativas culturais já realizadas e concluídas, propostas por jovens agentes culturais de todo o país.
As inscrições para a premiação estarão abertas a partir de quinta-feira, 15 de dezembro, estendendo-se até 31 de janeiro de 2012, e poderão ser realizadas no endereço eletrônico do MinC (clique aqui para acessar) ou encaminhadas via Correios.  Poderão participar da iniciativa jovens brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes há mais de três anos no país, na faixa etária entre 15 e 29 anos.
O anúncio foi feito momentos antes da realização da plenária final da 2ª Conferência Nacional de Juventude, que reuniu, na capital federal, no período de 9 a 12 de dezembro, quase dois mil jovens, dentre eles, 1.400 delegados de todo o Brasil, observadores e também convidados nacionais e internacionais. O evento foi coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ/PR).
Parceria
O Prêmio Agente Jovem de Cultura será desenvolvido pelo MinC, por meio da Secretaria de Cidadania Cultural, em parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República/Secretaria Nacional de Juventude e os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Saúde (MS). Serão 100 prêmios para a categoria Jovem adolescente (15 a 17 anos), 200 para a categoria Jovem jovem (18 a 24 anos) e outros 200 para a categoria Jovem adulto (25 a 29 anos).
A premiação abrange uma faixa transversal de políticas públicas dedicadas à juventude e conta com recursos totais da ordem de R$ 5,7 milhões. O concurso terá recursos dos programas Brasil Plural e Cultura Viva, do MinC. Os ministérios envolvidos também concedem apoio financeiro.
As iniciativas culturais poderão contemplar ações voltadas para as áreas de Comunicação, Articulação e Mobilização Cultural, Cultura e Tecnologia, Pesquisa, Acervo e Diálogos Intergeracionais no Campo da Cultura, Formação Cultural, Produção e Expressão Artística e Cultural, Intercâmbios e Encontros Culturais, e Cultura e Sustentabilidade.
Ação mais permanente
Para a secretária de Cidadania Cultural do MinC, é importante identificar e valorizar o que vem sendo feito por jovens que trabalham com a cultura no Brasil. Mas, segundo ela, “esse prêmio é o primeiro passo de um processo de ação mais ampla e permanente, que vai envolver trabalhos de fortalecimento da formação do agente jovem de cultura, incluindo bolsas de formação, com uma parceria, também, do Ministério da Educação (MEC).”

domingo, 18 de dezembro de 2011

Índios de quatro etnias se tornam bacharéis neste sábado, no Amazonas

    Indígenas do Alto Solimões participam de curso superior da UEA na aldeia Filadélfia, em Benjamim Constant
    Indígenas do Alto Solimões participam de curso superior da UEA na aldeia Filadélfia, em Benjamim Constant (Arquivo/A Crítica)
    A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realiza neste sábado (17), a colação de grau de 204 indígenas de municípios da região do Alto Solimões, no interior do Amazonas.
    Os formandos concluíram cursos de Antropologia, Artes, Biologia, Educação Física, Letras e Matemática no município de Tabatinga (distante 1106 Km de Manaus).
    Os novos bacharéis são das etnias ticuna, cocama, cambeba e caixana e moradores dos municípios de Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Atalaia do Norte e Benjamim Constant.
    De acordo com a assessoria de imprensa da UEA, a turma é a maior em número de graduandos indígenas em uma única cerimônia de seis cursos superiores promovidos pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

    quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

    Universidade de Ponta Grossa realiza Vestibular dos Povos Indígenas

    Kavigtãnh; Fekanh; Nênvánh; Kaninsãnh; Kamigprag; Kri Tej Vanh. Os nomes e sobrenomes impronunciáveis para o ‘homem branco’ são uma das características do Vestibular dos Povos Indígenas, que, em sua 11ª edição, reúne 329 candidatos na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O concurso é organizado pela Comissão Universidade para os Índios (CUIA), que congrega as instituições de ensino superior público do Paraná (universidades estaduais e a Universidade Federal do Paraná) e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).

    Nesta quarta-feira (14), na Central de Salas de Aula, no Campus de Uvaranas, os índios fizeram a prova oral. Passaram por uma entrevista prévia; depois receberam um texto para leitura e posterior indagação por parte dos componentes da banca. As respostas deveriam ser dadas na língua portuguesa. Para esta quinta-feira (15), a partir das 14 horas, estão programadas as provas objetivas, língua estrangeira (espanhol ou inglês) ou língua indígena (guarani ou caingangue) e redação. Na prova de redação, entre outros quesitos, será avaliada a capacidade de escrever um texto de acordo com a modalidade da norma padrão da língua portuguesa.

    O professor José Roberto Vasconcelos Galdino, membro da CUIA e presidente da 11ª edição do Vestibular dos Povos Indígenas, explica que, a cada ano, uma das instituições que compõem a comissão sedia as provas. Cada universidade estadual (UEPG, UEL, UEM, Unicentro, Unioeste, Uenp e Unespar) oferta seis vagas suplementares em seus diversos cursos, para indígenas nativos do Paraná; enquanto a Universidade Federal do Paraná (UFPR) oferece 10 vagas para indígenas de todo território nacional. O candidato escolhe o curso e a universidade em que deseja estudar após a sua aprovação.

    A maioria dos candidatos quer obter o diploma de ensino superior para atuação na própria comunidade indígena. Valdecir Mendes Rodrigues, 40 anos, da aldeia Guarani de Laranjinha (Santa Amélia), por exemplo, pretende cursar Agronomia, para aumentar a produtividade do pequeno pedaço de terra da sua comunidade. São 226 pessoas que dividem espaço em 117 alqueires. “Apesar de ser pouca terra, acredito que com mais conhecimento poderei ajudar a aumentar a produção, para subsistência da própria tribo”, diz, lembrando que o trabalho na terra faz parte da cultura indígena.

    A caingangue Angélica Rodrigues Morais, 19 anos, de São Jerônimo da Serra, quer cursar Medicina, também com o objetivo de atuar junto a sua comunidade. Ela cursou o ensino médio da escola pública e não vê problemas quanto a uma eventual dificuldade para acompanhar os colegas de universidade, muitos oriundos da rede particular de ensino e, teoricamente, com mais condições de acompanhar os conteúdos do curso. “Tudo depende da força de vontade. Se você tem objetivo, você consegue chegar lá”, filosofa a candidata.

    Edenilson Felix, 24 anos, índio guarani da comunidade de Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, vive uma situação diferenciada. Ele já foi aprovado no Vestibular dos Povos Indígenas, cursando Pedagogia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Porém, por motivos familiares, teve que abandonar o curso no ano passado. Como não traçou a matrícula, foi considerado desistente. Para prosseguir, teve que fazer novo vestibular. Com formação no Magistério, Edenilson é professor do Estado, lecionando nas séries iniciais da escola da própria comunidade.

    A situação de Cintia Amaral, 25 anos, caingangue, da aldeia de Barão de Antonina (próxima a Londrina), também é diferenciada. Ela quer mudar de curso e de universidade. Aprovada há dois anos em Educação Física, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), agora ela quer fazer Pedagogia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Segundo ela, a mudança se deve ao apoio maior dado aos índios na universidade maringaense. “Alguns colegas me disseram que lá existe um envolvimento maior da universidade com as comunidades indígenas”.

    A avaliação sistemática do processo de inclusão e permanência dos indígenas, o desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão envolvendo os índios e a sensibilização da comunidade acadêmica acerca da questão indígena estão entre as atribuições da CUIA instituída pela Lei Estadual nº 13.134/2001 (e modificada pela Lei Estadual 14.995 de 2006). Atualmente, a comissão é presidida pela professora Ana Elisa de Castro Freitas, da UFPR.
    Áudio:

    segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

    204 indígenas colam grau na UEA neste sábado em Benjamin Constant

    Será a maior turma em número de índios a colar grau numa única cerimônia de seis cursos superiores promovidos pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
    Manaus - Duzentos e quatro índios de municípios do Alto Solimões serão protagonistas de uma formatura histórica no país. Será a maior turma em número de índios a colar grau numa única cerimônia de seis cursos superiores promovidos pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A cerimônia acontece no próximo dia 17, em Tabatinga.
    Os novos bacharéis em Antropologia, Artes, Biologia, Educação Física, Letras e Matemática são moradores dos municípios de Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Atalaia do Norte e Benjamim Constant, sede do encontro entre Cambebas, Caixanas, Cocamas e Ticunas, que marcará o início de um processo de transformação no quadro da Educação na região do Alto Solimões, uma das principais reivindicações de populações indígenas em todo o Brasil.
    Na região do Alto Solimões o crescimento da demanda por cursos superiores
    Segundo coordenadores da Organização Geral dos Professores Ticunas Bilingues (OGPTB), a região do Alto Solimões vem registrando nos últimos anos uma demanda crescente pela criação de cursos superiores provocada por exigências legais para a formação de professores e pela necessidade de atendimento a estudantes do 5º ao 9º ano e do ensino médio.
    O projeto do Curso de Licenciatura para Professores Indígenas do Alto Solimões foi elaborado pela equipe pedagógica da ong criada há vinte e cinco anos na aldeia Filadélfia, na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia.
    A primeira turma do Curso de Licenciatura para Professores Indígenas do Alto Solimões, promovido pela UEA em parceria com o Ministério da Educação (Mec), revelou resultados surpreendentes na opinião do professor José Aldemir de Oliveira, reitor da universidade, com índices de alto rendimento dos alunos ao mesmo tempo em que o número de desistentes foi menor que o esperado.
    De 252 vagas ofertadas em 2005 para início em janeiro de 2006, 204 estudantes concluíram o curso formatado em 10 módulos aplicados sempre no período de férias escolares para não prejudicar o ano letivo nas escolas onde são professores.
    Com duração de cinco anos, o curso qualificou os professores para o atendimento a estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e das três séries do Ensino Médio das escolas de aldeias onde já atuam. Depois de cada módulo os estudantes desenvolveram pesquisas sobre temas de interesse de suas comunidades utilizando as metodologias discutidas nas aulas do curso.
    Os módulos do curso de licenciatura para professores indígenas foram aplicados na aldeia Filadélfia, município de Benjamim Constant, no Centro de Formação e Organização de Professores Ticunas Bilingues com habilitação em - Língua Indígena Kokama, Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola;  Arte e Educação Física, Biologia e Química,  Física e Matemática, Geografia e História, Antropologia, Filosofia e Sociologia.

    Caminhos para a literatura indígena são debatidos durante a FLIMT

    Redação 24 Horas News


    Cumprindo o objetivo dos projetos Encontro da Literatura Indígena e Conversando sobre Literatura e Cultura indígena, a II Feira do Livro indígena de Mato Grosso (Flimt) abriu espaço para que os participantes debatessem o tema. Em duas reuniões realizadas durante a FLIMT, escritores, artistas e lideranças indígenas presentes falaram dos caminhos para a literatura indígena, a preservação da memória e cultura tradicional. 
     
    Samira Marcos, do povo Xavante, ressaltou a importância de eventos como a FLIMT: "A Feira é muito importante para nós do povo índigena, é a partir dela que as pessoas começam a se conscientizar sobre a nossa realidade. Ela destaca a presença do cacique Raoni, como uma forma de fortalecer a luta dos povos indígenas por políticas publicas mais consistentes no setor cultural. “A presença dele veio pra fortalecer a nossa Feira e a luta dele em relação as terras indigenas, manter e preservar a cultura indigena e tudo o que isso agrega”. 
     
    A Escritora Maria Inês do Espírito Santo, veio do Rio de Janeiro contribuir e conhecer de perto a única Feira do Pais voltada para a temática indígena. Para ela, a FLIMT trouxe a confirmação da importância da cultura como o maior instrumento de resistência. Ao final do encontro, os presentes reafirmaram a necessidade de mais políticas publicas para a valorização da cultura indígena, a capacitação, fomento e preparação e novos protagonistas para a divulgação e valorização dos povos indígenas no estado e no pais.

    Índios de Juara foram principais destaques em evento cultural na capital do estado

    Entre os dias 23 e 26 deste mês de novembro aconteceu no Palácio da Instrução em Cuiabá, a 02ª Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (FLIMT-2011). No evento foram apresentadas oficinas, seminários, palestras, manifestações de diversas etnias e venda de livros.

    Quinze índios da aldeia Munduruku do município de Juara participaram do evento. Na feira, os juarenses fizeram várias apresentações culturais, demonstrando através da arte, a literatura que não é escrita, como: a dança, desenhos, canto e desenho corporal, demonstrando que os povos índios não fazem muita separação entre os saberes.

    Marcelo Manhuari, professor da escola Krixi Barampô da aldeia Munduruku de Juara, disse que essa é uma oportunidade de adquirir conhecimentos, não somente na teoria, mas sim na prática.

    Daniel Munduruku, escritor renomado do Brasil em entrevista a reportagem da Rádio Tucunaré, disse que o evento cultural contribui para demonstrar as riquezas indígenas, fazendo com que haja uma diversidade cultural entre os povos. O escritor que já tem 42 livros falou ainda que os governos federal e estadual compram seus livros e envia para as bibliotecas, fazendo com que os alunos se aprofundem nos conhecimentos dos índios.

    Segundo Oscemário Daltro, secretário adjunto da secretaria de cultura do estado, a feira visa valorizar a produção literária e científica dos índios, contribuindo na formação da identidade do povo brasileiro.

    Vários autores indígenas de todo o Brasil participaram do evento cultural, não somente para mostrar o potencial literário, mas também a arte e a cultura.

    Fonte: Acesse Notícias

    Palestras ressaltam questão indígena sob diferentes aspectos

    Da Redação - O Documento

    Com um grande público as palestras realizadas durante a Feira do Livro indígena de Mato Grosso tem levantado temas que há muito tempo envolve a sobrevivência dos povos indígenas no país. Questões como o a relação com a FUNAI, empreendimentos em terras indígenas, o ensino da Cultura nas escolas, hidrelétricas, entre outros tem suscitado longos debates durante o evento.
    Foi assim no primeiro dia, onde Daniel Munduruku e Graça Graúna falaram da literatura indígena e Marcos Terena e Estevão Taukane sobre os empreendimentos em terras indígenas. Na manhã desta sexta-feira, 25 de novembro, Ana Maria Ribeiro e Rosi Waikon destacaram a Lei 11.645/08, que obriga as instituições de ensino a trabalharem a arte e cultura indígena nas escolas publicas e privadas do país.
    Para a Professora Ana Maria Ribeiro, a questão a ser tratada não é a Lei em si, mas a aceitação do indígena na sociedade brasileira. Ana Maria é professora Universitária e questiona a reprodução do discurso acerca dos povos indígenas no cotidiano. Já Rosi Waikhon, é indígena do Povo Piratapuia do Amazonas e cursa mestrado na UFAM. Rosi relata um pouco sobre o desconhecimento da realidade indígena dentro da Universidade e daí a importância da Lei na formação dos educadores e estudantes. “Percebo que a Universidade não está preparada para lidar com o estudante indígena. Aspectos do nosso cotidiano, da nossa história, acabam sempre entrando em conflito com este outro mundo”, explica Ela.
    No período da Tarde Darlene Taukane, do povo Bakairi de Mato Grosso, fala sobre a FUNAI e os povos indígenas. Para Darlene existiu uma generalização dos povos indígenas, o que transformou todos em ‘índios’. Darlene explica que existem diferentes contextos de contato e isso deve ser observado e levado em conta, quando se trata da Tutela. “Eu quero chegar um dia, em que meu povo não precise do Governo para sobreviver”, finaliza ela.
    O dia encerra com o bate-papo realizado pela escritora Maria Inez do Espírito Santo, que veio do Rio de Janeiro para falar da mitologia indígena. Maria Inez fará o bate papo baseado em sua obra Vasos Sagrados, utilizando a mitologia indígena para trabalhar a formação de valores e mostrar a sociedade brasileira, que não precisamos buscar fora do país valores culturais para trabalhar nossa auto estima.

    sábado, 10 de dezembro de 2011

    Acadêmica Ana Maria Machado é eleita, por unanimidade, a nova Presidente da ABL

    A Academia Brasileira de Letras elegeu, por unanimidade, no dia 8 de dezembro a Diretoria que ficará à frente da instituição no próximo ano. A Acadêmica Ana Maria Machado será a Presidente. Ela substituirá o Acadêmico Marcos Vinicios Vilaça,  que dirigiu a ABL nos biênios 2006/07 e 2010/11.

    Os demais eleitos são: Secretário-Geral: Geraldo Holanda Cavalcanti; Primeiro-Secretário:Domício Proença Filho; Segundo-Secretário: Marco Lucchesi;  Tesoureiro: Evanildo Cavalcante Bechara. Ao fim da sessão, o Presidente Marcos Vinicios Vilaça anunciou a nova Diretoria.
    Segunda mulher eleita Presidente da ABL – antes foi a Acadêmica Nélida Piñon, em 1997, ano do centenário da Academia – a escritora Ana Maria Machado, assim que foi confirmada sua vitória, afirmou: “Daremos continuidade à linha de atividades voltadas para a promoção dos melhores valores da cultura nacional e da língua portuguesa. A dinâmica da Casa será a mesma iniciada pelas gestões anteriores. Independentemente disso, dirigiremos nossa ênfase para duas celebrações   em particular: o centenário de morte do Barão do Rio Branco, e a celebração do centenário de nascimento de Jorge Amado".
    A solenidade de posse da nova Diretoria para o exercício de 2011 será realizada no dia 15 de dezembro, quinta-feira, às 17h, no Salão Nobre do Petit Trianon.

    terça-feira, 15 de novembro de 2011

    FLIMT terá atividades para todos os públicos

    Há uma semana para o início da única Feira do Livro indígena existente no país e a única do Estado presente no Circuito de Feiras da Biblioteca Nacional, a Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso divulga a programação oficial do evento que tem início no dia 23 de novembro.
    A solenidade de abertura acontecerá a partir das 19h30 do dia 23 com a presença de autoridades, escritores e artistas indígenas e não indígenas e é aberta ao público.

    Durante o evento, haverá uma abertura espiritual e em seguida Shaneihu Yawanawa, do Acre cantará algumas canções pertencentes ao seu povo; no dia 24 acontece a partir das 9h a Reunião sobre o Plano Estadual do Livro e da Leitura de Mato Grosso - PELL/ MT, que pretende debater o fomento e difusão da leitura no estado; durante os três dias,  acontecem sempre das 10h as 11h as oficinas voltadas para educadores, estudantes, pesquisadores e o público em geral; ás 11h acontece também o Encontro com o Escritor, momento em que autores como Daniel Mundurku, Olívio Jekupé, Roni Wassiri, Carlos Tiago e Elias Yaguakã apresentam suas obras para o público. No dia 26 as 9h, o Cacique Raoni marca presença com suas ‘sábias palavras’.

    Convidado especial do Evento, o Cacique vem até Cuiabá, dar voz aos povos do Xingu. No período da Tarde, iniciam as atividades como bate-papo, mesas e palestras.
    A partir das 17h o Instituto INCA realiza a Mostra Audiovisual “Olhares sobre os Povos da Mata” e as 19h30, acontece a ‘Festa no pátio’, momento de música e literatura. No dia 24, a Festa no Patio realiza ainda a entrega do prêmio do Concurso da Logomarca dos 100 anos da Biblioteca Estadual Estevão de Mendonça.

    Além da programação o público poderá encontrar a ‘Livraria da Feira do Livro indígena’  e o ‘Espaço da editora’. Na Livraria, as editoras estarão comercializando as obras; já no Espaço da Editora, cada uma levará um autor e sua obra para confraternizar com o público presente. O Público poderá visitar exposições de Artefatos e fotos, além de conhecer um pouco mais do Palácio da Instrução, Patrimônio histórico do Estado.

    A FLIMT integra ainda os Projetos Encontro da literatura indígena e Projeto Conversando sobre literatura e cultura indígena com o intuito de fortalecer os escritores indígenas, que nos últimos anos vem ganhando espaço no setor literário. Com relação a publicação de obras de autores indígenas, existe um número considerável de produção no país, considerando a característica oral dessas comunidades. Só no Catalogo do Núcleo de Escritores indígenas existem mais de 60 obras e Daniel Munduruku, é um dos autores com mais publicações, chegando a 42 livros em sua trajetória.
    Nessa mapeamento não constam as obras publicadas de forma independente, através de Projetos e Instituições governamentais.
    A FLIMT é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura de MT, com patrocínio da Petrobrás e Governo Federal. Mais informações pelo blog WWW.flimt.blogspot.com , flimt@cultura.mt.gov.br e (65) 3613-0222

    segunda-feira, 14 de novembro de 2011

    Vasos Sagrados - Mitos Indígenas Brasileiros e o Encontro com o Feminino

    Prezados/as,
    Segue o convite para o evento que estamos organizando em Lorena - SP.
    É para partilhar com vocês mais essa ação em prol das culturas indígenas brasileiras que faz parte de nossa missão pessoal.
    Por favor, façam circular pelas listas.

    Xipat Oboré (Tudo de Bom!)
    ______________
    Daniel Munduruku


    sábado, 12 de novembro de 2011

    Programação FLIMT 2011


















    Dia 23
    19h30 Cerimônia de Abertura
    Shaneihu Yawanawa
    Álvaro Tukano

    Dia 24
    9h Reunião sobre o plano estadual do livro e da leitura de mato grosso - PELL/ MT
    10h às 11h Oficina: O indígena no Livro DidáticoProfessora MS. Arali Dalsico - Associação dos Amigos do Museu Rondon (ASAMUR)
    Contação de histórias – histórias Umutina com Grupo Nação Nativa Umutina
    11h Encontro com o Escritor:Daniel Munduruku lança Mitos Indígenas Brasileiros E Histórias que eu Li e  Gosto de Contar - Editora Callis.
    14h Bate papo: A leitura literária no processo de formação de um país leitorDaniel Munduruku e Graça Graúna
    15h30 Mesa: Grandes projetos em terra indígena: qual a saída?Estevão Taukane e Marcos Terena
    16h Encontro com o Escritor:Olívio Jekupé lança Tekoa - conhecendo uma aldeia  indígena, Editora Global e 
    A mulher que virou Urutau, Editora panda books.
    17h Mostra Audiovisual “Olhares sobre os Povos da Mata”. Curadoria INCA:
    Mopo´i – O menino Manoki de Sérgio Lobato

    18h30 Espaço Editora Tantatinta 
    Enawenê-Nawê - primeiros contatos (diário de campo)
    Autor: Thomaz de Aquino Lisbôa – “Jaúka”
    19h30 Festa no pátio com entrega do prêmio do Concurso da Logomarca dos 100
    anos da Biblioteca Estadual Estevão de Mendonça

    Dia 25
    9h Mesa: Lei 11.645/08: modos de usar.Ana Maria Ribeiro e Rosi Waikhon
    10h às 11h Oficina: Pintura corporal Yakari Kuikuro e Samira Marcos
                                       Contação de histórias – Histórias Munduruku com  
                                        Marcelo Mahuare
    11h Encontro com o Escritor
    Roni Wassiri lança suas obras
    14h Mesa: Ainda precisamos da Funai?Darlene Taukane e Álvaro Tukano
    15h30 Contação de histórias – Histórias Terena com o grupo Aruak
    16h Bate papo: Mitos indígenas: didática para educadoresMaria Inez Espírito Santo

    17h Mostra Audiovisual “Olhares sobre os Povos da Mata”. Curadoria INCA:
    Rio Entre as Arvores de Jorge Bodanzky

    18h30 Espaço Editora Entrelinhas
    Tecnologia Indígena em Mato Grosso: Habitação.
    Autor:José Afonso Portocarrero

    19h30 Festa no pátio

    Dia 26
    9h Sábias Palavras (Cacique Raoni)
    10h às 11h  Oficina: O processo de criação de um livroAnna Claudia Ramos
                                         Contação de histórias 
                                          Histórias Kuikuro com Yakari Kuikuro
    11h Encontro com o Escritor:
    Lançamento Elias Yaguaka
     Historinhas Marupiaras - ed. Mercuryo jovem
    14h Mesa: Literatura indígena e as novas tecnologias da memória Marta Manoki, Cristino Wapichana e Edson Kayapó
    15h30 Bate papo: Mulheres indígenas: guardiãs ou guerreiras da memória?Eliane Xunakalo e Darlene Taukane
    16h Encontro com o Escritor:Carlos Thiago Haky lança Awayató=pót - histórias indígenas para crianças - ed. Paulinas
    17h Mostra Audiovisual “Olhares sobre os Povos da Mata”. Curadoria INCA:Panará – Ponto de Cultura amor pelo servir
    18h30  Espaço Editora KCMDesidério Aytai E A Etnologia Nambiquara” - Organizadora: Anna Maria Ribeiro F.M. Costa

    segunda-feira, 7 de novembro de 2011

    III Festa Literária da Escola SESC - Rio de Janeiro

    07/11/2011 - Hoje na Escola Sesc - Rio de Janeiro, acontece a III Festa Literária da Escola SESC de Ensino Médio, com Daniel Munduruku e Ana Rondon num "Debate Literário" sobre Literatura Indígena. Aberto ao público, apareçam.


    terça-feira, 1 de novembro de 2011

    Seminário discute políticas para indígenas na Capital

    Foto: Divulgação/PMPA
    Seminário aborda cultura e política pública indígena na Capital
    Seminário aborda cultura e política pública indígena na Capital
    Em 8 de novembro, será realizado o seminário "Presença Mbyá-Guarani em Porto Alegre: Construção de uma Política Pública", com início às 9h. O encontro será no auditório do Ministério Público Estadual (MPE-RS) – praça Marechal Deodoro, 110, 3º andar, no Centro Histórico.

    O seminário é uma realização do MPE com as secretarias municipais de Direitos Humanos e Segurança Urbana (Smdhsu) e de Governança Local (SMGL), o Ministério Público Federal (MPF) e da Fudação Nacional do Índio (Funai). O objetivo é apresentar e discutir aspectos relacionados à vida dos indígenas e os desafios atuais, a diversidade cultural e ocupação urbana e o diálogo para a construção de uma política pública na Capital voltada para estes povos.

    Participarão dos debates o procurador da república, Juliano Stella Karan, o cacique mbya-guarani José Cirilo Pires Morinico, e o antropólogo da Ufrgs, Sérgio Baptista da Silva, além da procuradora de Justiça do MPE-RS, Maria Regina Fay de Azambuja e Marcelo Beckhausen, procurador regional dos Direitos do Cidadão da 4ª Região. Integram a mesa de diálogo os antropólogos da Smdhsu, Luiz Fernando Caldas Fagundes, e da SMGL, Carlos Fernando Simões Filho, além de representantes do Conselho Estadual dos Povos Indígenas e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

    As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos do MPE, com Beatriz Lang – fone (51) 3295 1141 ou pelo e-mailbeatrizlang@mp.rs.gov.br.