Por Danielle Naves de Oliveira em 22/10/2013 na edição 769 Publicado em: Observatório da Imprensa Para certos europeus, a tristeza do trópico é coisa difícil de captar. Eles não entendem, não entendem, que é preciso mais do que sol para fazer alegria, essa, que é a prova dos nove. Foi na palavra sem perdão, palavra de desmonte, que a força brasileira atravessou Frankfurt, sob o pretexto de uma feira de livros. Os desmontes foram se acumulando e transpareceram, por exemplo, na fala do diretor do evento, Jürgen Boos, durante a cerimônia de encerramento da Feira do Livro de Frankfurt, no domingo (13/10): “O que vivemos aqui, nessa semana, foi a força da literatura, uma força destruidora, mas que também pode ser criadora. Com sua presença, o Brasil conseguiu afastar todos os clichês. Seu poder destrutivo quebrou os clichês.” O discurso foi breve e comovido, de uma comoção sutilmente sobreposta à melodia sóbria da língua alemã. No signo do inesperado, os tijolos de papelão encaixados...