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Mostrando postagens de março, 2013

Páscoa é passagem.

Páscoa é passagem Lembroque o primeiro texto que tive coragem de mostrar para meu professor deportuguês foi sobre a páscoa. Eu tinha por volta de 16 anos de idade e fazia oprimeiro ano colegial (ensino médio hoje). Vivendonum ambiente extremamente religioso e imbuído do espírito pascal que a escolame proporcionava, redigi uma redação onde colocava o que eu considerava overdadeiro sentido da minha fé juvenil: conversão, mudança, transformação.Falei sobre isso com a desenvoltura de um teólogo e tomei coragem de apresentarao saudoso professor Benedito, homem com espírito de mestre. Ele tomou meutexto nas mãos e leu sem esboçar nenhuma reação que demonstrasse gostar oudesgostar do que estava escrito. Ao final ele fitou-me nos olhos e disse semrodeios: - Vá reproduzir no estêncil a álcool e passe cópias para seus colegasde classe. Seu texto é muito emocionante! Nãosoube o que dizer. Fiquei numa felicidade tamanha! Não consegui esconder meucontentamento, dei um forte abraço no professor e co...

Na Amazônia, uma disputa entre cônsul e Ibama pelo livro sagrado.

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Órgão multa holandês por captura de conhecimento indígena; estrangeiro nega. Roberto Maltchik ( Email  ·  Facebook  ·  Twitter ) Receitas xamânicas foram produzidas e compiladas em livro na língua nativa da etnia Kaxinawá, em aldeia (na foto) localizada no Baixo Rio Jordão (AC) Divulgação/Ibama RIO - A ação de uma ONG baiana, presidida pelo cônsul honorário da Holanda em Salvador, numa terra indígena no Acre, quase na fronteira com o Peru, pôs o Ibama em alerta e se transformou em mais um rumoroso episódio de suspeita de acesso ilegal ao patrimônio genético da biodiversidade brasileira. Em jogo, o conteúdo de um livro da etnia Kaxinawá, com a linguagem e as receitas xamânicas relacionadas a 516 ervas medicinais, que teriam o poder de curar 386 tipos de doenças tropicais, especialmente provocadas pelo contato entre o homem e outros animais. O caso remonta ao ano de 2010, quando o etnomusicólogo brasileiro Ricardo Pamfilio de Souza, financiado pela ONG Art...

Os 70 autores de Frankfurt

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Jã estão definidos os 70 autores brasileiros que irão à Feira de Frankfurt. Nós estamos ali também. PublishNews - 14/03/2013 - Redação Comitê organizador divulga lista de autores brasileiros que irão à Feira de Frankfurt em outubro Durante uma coletiva de imprensa na Feira do Livro de Leipzig, o comitê que organiza a participação do Brasil como convidado de honra na Feira de Frankfurt este ano anunciou a lista dos 70 autores que irá representar o Brasil em outubro, na feira. Os nomes foram escolhidos por uma comitiva composta pelo crítico literário Manuel da Costa Pinto, Antonio Martinelli, do Sesc-SP e Antonieta Cunha, diretora de Livro, Leitura e Literatura da FBN. Os critérios foram a diversidade e a pluralidade, o equilíbrio entre escritores consagrados e a nova geração, a variedade de gêneros (prosa; poesia; ensaio, biografia e crítica literária; literatura infanto-juvenil e obras técnicas e científicas) e a qualidade estética, privilegiando também autores que já foram publica...

Práticas Educativas no SESC Bauru - SP

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Espero por vocês no SESC Bauru para um ciclo de encontros que tem por objetivo desmistificar a separação entre teoria e prática, vivenciar a diversidade e trazer para o dia a dia todas as possibilidades do aprender, sob perspectiva humanizadora. Destinado a educadores, profissionais e estudantes de educação física, dança, recreacionistas, técnicos esportivos, pedagogos e interessados em geral. Xipat Oboré

I Festival de Ilustração da Bahia

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Para os que gostam de ilustração, segue minha indicação para o I Festival de Ilustração da Bahia. http://ilustrafestival.com.br/

A TEMÁTICA INDÍGENA EM SALA DE AULA

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SESC Belenzinho Dia(s) 16/03 Sábado, das 11 às 16h. O encontro apresenta e discute a lei 11.645, que desde 2008 garante o ensino da temática indígena em todos os níveis de ensino. Buscando motivar os educadores a conhecer e praticar a lei e contribuir para a diminuição do preconceito e da exclusão social a que nossos povos foram submetidos ao longo da história, o encontro colocará em pauta o tema dos povos indígenas brasileiros e sua diversidade, a educação e arte indígena, entre outras questões. Orientação: Daniel Munduruku. Daniel Munduruku é graduado em Filosofia e doutor em educação pela USP. É comendador da ordem do mérito cultural da presidência da república e autor de 43 livros para crianças, jovens e adultos. Duração: 1 encontro. 30 Vagas. Oficina 3. Inscrições: dia 05/3 [TERÇA], pessoalmente, a partir das 14h, no estacionamento. Havendo disponibilidade de vagas, as inscrições seguirão no 1º pavimento a partir do dia 06/3 [QUARTA], às 11h. Grátis Fonte:  http...

A literatura indígena, segundo Daniel Munduruku (Entrevista para o Blog do Inst. Ecofuturo)

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  "O brasileiro precisa conhecer de verdade que o que ensinam para ele – sobre nossos povos e outros temas – é mentira", afirma Daniel Munduruku em entrevista exclusiva ao Instituto Ecofuturo. Autor de mais de 40 livros e um dos mais respeitados autores indígenas do país, Munduruku fala da vitalidade dos saberes ancestrais e de como os brasileiros, que são também indígenas na sua essência, ignoram tradições fundadoras da nossa própria identidade. À frente do Instituto Uka – Casa dos Saberes Ancestrais, o escritor acredita na força da literatura como “grito consciente e consistente” de povos cujas vozes foram, durante séculos, silenciadas e luta para que se cumpra a lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira e História e Cultura Indígena nas escolas.     Como você descobriu a literatura, como leitor e escritor?   Nunca fui um exímio leitor. Descobri a leitura – e não a literatura – quando já er...